Setor de serviços tem alta de 1,7% em junho

Com o desempenho, o setor amplia o distanciamento frente ao nível pré-pandemia

O volume do setor de serviços no país avançou 1,7%em junho, na comparação com maio. O resultado foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (12/8).

Com o desempenho, o setor amplia o distanciamento frente ao nível pré-pandemia. Está 2,4% acima de fevereiro de 2020, além de alcançar o patamar mais elevado desde maio de 2016.

Com o desempenho, o setor fechou o primeiro semestre com alta acumulada de 9,5%. Em 12 meses, houve elevação de 0,4%.

Durante a pandemia, a prestação de serviços foi prejudicada porque reúne atividades que dependem da circulação de clientes, contato direto e aglomerações. Hotéis, bares, restaurantes e eventos fazem parte da lista.

O IBGE também informou que, em relação a junho de 2020, o volume do setor subiu 21,1%. No sexto mês do ano passado, serviços diversos sofriam os reflexos do baque inicial da pandemia. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam crescimento de 18,2% nessa base de comparação.

A inflação e o desemprego em alta ameaçam a recuperação do setor no segundo semestre. É que os indicadores, somados, reduzem o poder de compra de parte das famílias.

No trimestre até maio, dado mais recente disponível, a taxa de desemprego foi de 14,6% no país. Havia 14,8 milhões de trabalhadores desocupados à época.

Enquanto isso, a inflação é pressionada por itens como a energia elétrica. Ao longo deste ano, a conta de luz ficou mais cara devido à crise hídrica. A falta de chuva encarece os custos da geração de energia.

Para analistas, o desempenho de serviços nos próximos meses dependerá em grande parte da vacinação contra o coronavírus e das condições sanitárias no país. A imunização é vista como mecanismo para garantir maior segurança às operações das empresas e elevar a confiança dos consumidores.

O IBGE também divulgou neste mês o balanço de outros dois indicadores setoriais: produção industrial e vendas do comércio.

Conforme o instituto, a produção das fábricas ficou estagnada em junho, com variação nula (0%) frente a maio. A indústria, diz o IBGE, ainda sofre com a escassez de insumos e a demanda fragilizada.

Já o comércio amargou baixa de 1,7%. Na visão de analistas, o recuo refletiu, em parte, o avanço do desemprego e da inflação.

Por Leonardo Vieceli

 

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