Preço médio da gasolina cai 2,5%, em quinta semana seguida de recuo
A gasolina mais barata do país foi encontrada em Mogi Mirim (SP), a R$ 4,92 por litro
O preço médio da gasolina caiu mais 2,5% nos postos brasileiros nesta semana, chegando a R$ 5,74 por litro, o menor valor desde fevereiro de 2021, em valores corrigidos pela inflação.
A queda reflete cortes de impostos no fim de junho e as duas reduções no preço de refinaria promovidas pela Petrobras em julho.
É a quinta semana seguida de recuo. Segundo a pesquisa semanal de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a queda acumulada no preço da gasolina desde os cortes de impostos chegou a 22,3%, ou R$ 1,65 por litro.
A gasolina mais barata do país foi encontrada em Mogi Mirim (SP), a R$ 4,92 por litro. Já a mais cara foi encontrada em Barueri (SP), a R$ 7,49 por litro.
Também beneficiado pelos cortes de impostos, o preço do etanol hidratado caiu 2,5% na semana, para R$ 4,21 por litro. Desde o fim de junho, a queda acumulada é de 13,5%. A pesquisa da ANP chegou a encontrar etanol a R$ 3,45 por litro, em Presidente Prudente (SP).
A queda nos preços dos combustíveis é comemorada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, diante da possibilidade de reconquistar parte do eleitorado às vésperas da eleição. Em busca de um segundo mandato, Bolsonaro está a 18 pontos do líder das pesquisas, Lula (PT), segundo o último Datafolha.
Com menor impacto das medidas aprovadas pelo Congresso e sem cortes nas refinarias da Petrobras, porém, o preço do diesel caiu só 0,2% nesta semana, para R$ 7,42 por litro. Em cinco semanas, a queda acumulada é de apenas 2%.
Nesta sexta-feira (29), em teleconferência para detalhar o lucro de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre, que foi impulsionado pelos preços recordes dos combustíveis, a direção da Petrobras disse não esperar queda no preço do diesel até o fim do ano.
“Vemos um cenário de manutenção dos preços dos derivados parecidos com os atuais, em especial no caso do diesel, que tem um impacto da aproximação do inverno no hemisfério norte”, disse o diretor de Comercialização e Logística da empresa, Claudio Mastella.
Mastella afirmou que a nova diretriz da política de preços da companhia, aprovada no início da semana, não altera a busca pela paridade com as cotações internacionais dos produtos. Pelo contrário, afirmou, dá ao conselho atribuição de cobrar o cumprimento dessa política.
“O conselho passa a ter atribuição de cobrança de resultado. O foco fica mais claro, mais robusto, em benefício da companhia”, afirmou.
Segundo a ANP, o preço do gás de cozinha ficou praticamente estável na semana, sendo vendido a R$ 111,75 por botijão de 13 quilos. O preço do GNV (gás natural veicular) também ficou estável, em R$ 5,07 por metro cúbico.
Por Nicola Pamplona