Dólar abre em queda nesta quarta-feira
A Bolsa fechou em alta nesta terça-feira (4)
O dólar abre em queda nesta quarta-feira (5), de olho em novos dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Desta vez, será divulgada a evolução das vagas de trabalho no setor privado americano, em relatório conhecido como ADP.
O indicador é considerado a prévia mais próxima do Payroll, que mostra um retrato mais amplo sobre emprego nos EUA, que sai na próxima sexta-feira (7). Este é um dos dados mais importantes que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) leva em conta para tomar sua decisão sobre juros.
Às 9h21 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,57%, a R$ 5,0540 na venda.
Na B3, às 9h21 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,37%, a R$ 5,0740.
A Bolsa fechou em alta nesta terça-feira (4), com os investidores reagindo bem ao tom adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao tratar das novas regras fiscais. Os bancos, que têm peso importante no Ibovespa, subiram e compensaram as quedas de Petrobras e Vale.
O Ibovespa fechou em alta de 0,36%, a 101.869 pontos. Na máxima do dia, o índice chegou a superar os 103 mil pontos. O dólar comercial à vista subiu 0,25%, a R$ 5,083. Isso depois de cair de R$ 5,28 para R$ 5,07 em sete pregões até esta segunda-feira (3).
No mercado de juros futuros, as taxas subiram nos vencimentos mais curtos, e caíram nos mais longos. Nos contratos com vencimento em janeiro de 2024, as taxas passaram de 13,20% do fechamento desta segunda-feira para 13,24%. Para janeiro de 2025, os juros avançaram de 11,97% para 12%. No vencimento em janeiro de 2027, a taxa caiu de 12,05% para 12%.
Sobre o novo arcabouço fiscal, Haddad deu, na noite desta segunda-feira (3), algumas sinalizações sobre como pretende aumentar a arrecadação, principal aposta do governo para cumprir as metas estabelecidas.
Em entrevista ao canal GloboNews, Haddad disse que a arrecadação precisará aumentar entre R$ 110 bilhões e R$ 150 bilhões para viabilizar as metas. Segundo ele, é possível atingir esses números sem aumentar a tributação, cobrando de quem não paga impostos.
Outra notícia citada por analistas é a intenção do governo de deixar a taxação de fundos exclusivos, voltados para investidores alta renda, para o segundo semestre. A cobrança de tributos deste tipo de investimento deve ser colocado na reforma do Imposto de Renda, que inclui a taxação de dividendos.
As ações dos bancos refletiram este maior otimismo, e ajudaram o índice a fechar no azul. Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco tiveram altas que variaram entre 1,5% e 2%.
Em compensação, as ações da Vale caíram quase 3%, seguindo a tendência do minério de ferro, que recuou mais de 5% nos últimos dois dias. O movimento é causado pelo momento difícil vivido pelas construtoras chinesas, que têm inclusive atrasado a divulgação de resultados por conta de problemas financeiros.
As ações da Petrobras, após as altas desta segunda seguindo o petróleo, passaram por um movimento de realização de lucros, com quedas próximas de 1%.
Nos Estados Unidos, as vagas abertas no mercado de trabalho dos Estados Unidos caíram para o menor nível desde maio de 2021, ficando abaixo dos 10 milhões de postos. Com isso, aumenta a perspectiva de que o ciclo de alta dos juros no país está próximo do fim.
No entanto, os índices de ações em Nova York fecharam em queda, impactados pelas ações dos grandes bancos. Isso depois que o presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, declarou que a crise bancária americana será sentida por anos, segundo relata a Bloomberg.
As ações do Morgan Stanley e do Wells Fargo recuaram mais de 2%. JPMorgan, Goldman Sachs e Citigroup recuaram mais de 1%.
O índice Dow Jones encerrou o dia em baixa de 0,59%. O S&P 500 fechou com queda de 0,58%, e o Nasdaq recuou 0,52%.