Bolsonaro diz que discutiu formas de diminuir preço dos combustíveis na Petrobras
Presidente afirma que conversou sobre o tema nesta segunda com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (27/9) que se reuniu com o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) para discutir formas, na Petrobras, de “diminuir o preço” de combustíveis “na ponta da linha”.
“Hoje estive com o ministro Bento, conversando sobre a nossa Petrobras, o que podemos fazer para melhorar, diminuir o preço na ponta da linha. Onde está a responsabilidade? Eu usei muito nos últimos dias uma outra passagem bíblica: por falta de conhecimento meu povo pereceu. Nós temos que ter conhecimento do que está acontecendo antes de culpar quem quer que seja”, declarou o mandatário.
Bolsonaro já manifestou incômodo no passado com a política de preços da Petrobras e com os reajustes nos valores da gasolina.
Uma das principais preocupações de auxiliares é com o atual aumento de preços no país, inclusive os combustíveis.
Durante evento alusivo aos 1.000 dias de governo, no Palácio do Planalto, Bolsonaro se referiu aos atuais valores de venda da gasolina.
“Temos muitos obstáculos. São intransponíveis? Não, mas depende do entendimento de cada um. Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4 ou menos? O dólar a R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte, é uma realidade. E tem um ditado que diz ‘nada não está tão ruim que não possa piorar’. Nós não queremos isso porque temos um coração aberto”, declarou.
Ele também defendeu sua decisão de demitir, no início do ano, o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Para o lugar do executivo, Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna, o que foi criticado como tentativa de interferir na petroleira.
“Alguns acham que eu tenho o poder de decidir as coisas dentro da Petrobas. Nos Estados Unidos ninguém culpa o governo pelo que acontece nos combustíveis. Aqui o grande acionista [da Petrobras] é o governo federal, mas temos normas, temos regras, tem a lei paridade e tantas e tantas outras coisas. Quando eu resolvi mudar o presidente da Petrobras a mesma perdeu dezenas de bilhões de reais e me acusaram de interferir. É um direito meu”, declarou.
Por Ricardo Della Coletta