Bolsa sobe e dólar cai após aprovação da Reforma Tributária – Mais Brasília
FolhaPress

Bolsa sobe e dólar cai após aprovação da Reforma Tributária

Dados de emprego mais fracos que o esperado nos EUA apoiam ganhos do real sobre moeda americana

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Bolsa brasileira opera em alta no início da tarde desta sexta-feira (7) e chegou a ultrapassar os 119 mil pontos na máxima do dia, após a aprovação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, que ocorreu nesta madrugada.

Já o dólar registra queda após forte avanço sobre o real na quinta (6), também por conta da reação positiva do mercado com a aprovação da reforma. Dados de emprego mais fortes que o esperado nos Estados Unidos endossam as perdas da moeda americana no Brasil.

Às 12h10, o Ibovespa subia 1,16%, a 118.820,31 pontos, enquanto o dólar caía 1,37%, cotado a R$ 4,862.

Na quinta, a Bolsa brasileira teve forte queda de 1,77% e fechou a 117.425 pontos puxada pelo exterior, num ambiente de aversão ao risco com previsões de novas altas de juros nos Estados Unidos neste ano. A tramitação da reforma tributária no Congresso também esteve no radar dos investidores.

Já dólar teve nova alta, apoiado justamente pela expectativa de aperto nos juros, que favoreceria a moeda americana. A divisa terminou o dia com valorização de 1,64%, cotada a R$ 4,93.

No exterior, os índices americanos tiveram forte queda. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq caíram 1,07%, 0,79% e 0,82%, respectivamente.

O mau desempenho dos mercados dos EUA impactou os ativos do Brasil, e o ambiente negativo foi reforçado por preocupações sobre a reforma tributária no Congresso.

Com isso, o Ibovespa teve forte queda. Todas as ações mais negociadas da sessão tiveram desempenho negativo, inclusive Petrobras e Vale, as maiores da Bolsa, que tombaram 1,59% e 0,64%, respectivamente.

Completaram a lista de papéis mais negociados as ações do Itaú, do Bradesco e da B3, que tiveram perdas de 1,24%, 2,23% e 3,80%, respectivamente.

Já os mercados de juros f uturos registraram alta pelo terceiro dia consecutivo. Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 saíam de 12,80% para 12,83%, enquanto os para 2025 iam de 10,76% para 10,80%.

No câmbio, o dólar teve alta impulsionado principalemte pelo possível adiamento de outras matérias econômicas em detrimento do avanço da reforma tributária.

Apesar da valorização no Brasil, o dólar teve queda ante outras moedas fortes no exterior, com o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante essas divisas, caindo 0,24%.

*Com Reuters