Bolsa opera estável sob pressão de índices dos EUA, mas com apoio de petróleo; dólar cai – Mais Brasília
FolhaPress

Bolsa opera estável sob pressão de índices dos EUA, mas com apoio de petróleo; dólar cai

Investidores aguardam posicionamentos de membros do Fed e novos dados de inflação americanos

Foto: REUTERS/Marcos Brindicci

A Bolsa brasileira operava em estabilidade na manhã desta segunda-feira (25), pressionada pelo desempenho negativo dos índices americanos, mas com impulso da alta do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros aguardam novos resultados corporativos no final do dia.

Já o dólar registrava queda, enquanto investidores aguardam a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e novas sinalizações sobre o futuro da política de juros dos Estados Unidos, incluindo discursos de diretores do banco central americano e dados de inflação.

Às 11h13, o Ibovespa subia 0,13%, aos 127.194 pontos, enquanto o dólar 0,38%, cotado a R$ 4,978.

“Por aqui, agenda tem dados mais secundários, fazendo com que a sessão no exterior, em dia cheio de falas de diretores do Fed, defina a performance dos ativos”, disse Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Esta sessão trará comentários do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic; do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee; e da diretora do banco central Lisa Cook.

Seus comentários virão depois da decisão do Federal Reserve de quarta-feira passada de deixar sua taxa básica inalterada com a projeção de que deve cortar os juros três vezes este ano. Essa indicação levou à recomposição das apostas de que o banco central norte-americano iniciará o afrouxamento monetário em junho, depois que uma visão mais pessimista havia minado a confiança do mercado nessa possibilidade.

O próximo grande dado que pode dar contribuição à narrativa de corte de juros pelo Federal Reserve em meados do ano é o índice PCE de inflação, que será divulgado na sexta-feira.

A expectativa é de alta de 0,3% em fevereiro sobre o mês anterior e de 2,8% na base anual, com analistas dizendo que qualquer número mais alto será considerado como um revés para as apostas de um corte de juros pelo Fed em junho.

Enquanto isso, “a ata do Copom nesta terça-feira e o IPCA-15 de março são as principais notícias do mercado local”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank, acrescentando que a mudança no tom do Comitê de Política Monetária do Banco Central na semana passada foi fator positivo para o real.

*Com Reuters