Bolsa ensaia recuperação, mas caminha para fechar semana em baixa
Já o dólar recuava, também impactado pela alta do petróleo, e acelerou as perdas após a divulgação de dados mais fracos de inflação ao produtor nos Estados Unidos
A Bolsa brasileira operava em alta nesta sexta-feira (12) impulsionada pelas ações da Petrobras, que subiam mais de 1%, acompanhando os preços do petróleo no exterior. Apesar disso, o Ibovespa caminha para encerrar mais uma semana de queda, à medida que apostas sobre o início do corte de juros nos Estados Unidos esfriaram.
Já o dólar recuava, também impactado pela alta do petróleo, e acelerou as perdas após a divulgação de dados mais fracos de inflação ao produtor nos Estados Unidos.
Dados desta sexta mostraram que o núcleo dos preços ao produtor norte-americano, que exclui itens voláteis, ficou inalterado em dezembro, contrariando expectativas de alta de 0,2% no mês. Em base anual, o núcleo da inflação ficou em 1,8%, abaixo da previsão em pesquisa da Reuters de 1,9%.
O dado, que segue a inflação ao consumidor um pouco mais forte do que o esperado na véspera, pode servir de argumento para que o Federal Reserve comece a cortar os juros já em março deste ano, como boa parte dos mercados precifica atualmente.
Isso jogaria a favor do diferencial de juros entre Brasil e EUA, tornando o real mais atraente para uso em estratégias de “carry trade”, que consistem na tomada de empréstimo em país de taxas baixas e aplicação desse dinheiro num mercado mais rentável. Por aqui, a taxa Selic está atualmente em 11,75%, nível ainda elevado apesar do ciclo de afrouxamento do Banco Central.
Às 11h, o Ibovespa subia 0,41%, aos 131.269 pontos, enquanto o dólar caía 0,56%, cotado a R$ 4,847.
Na quinta (11), a Bolsa brasileira caiu 0,14%, aos 130.648 pontos, após divulgações de novos dados de inflação nos Estados Unidos, que veio pior que o esperado pelo mercado.
O CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla inglês) americano, indicador mais esperado pelo mercado nesta semana, fechou 2023 em 3,4%, levemente acima dos 3,2% projetados pelo mercado. Na variação mensal, o índice ficou em 0,3%, ante previsão de 0,2%.
Além disso, o núcleo do indicador ficou em 0,3% na variação mensal, em linha com o esperado por analistas, e desacelerou a 3,9% no acumulado do ano, ante 4,0% em novembro.
Ganhos do setor de petróleo, no entanto, atenuaram as perdas do Ibovespa.
No câmbio, o dólar recuou 0,32% e terminou o dia cotado a R$ 4,875.