Rock in Rio: festival terá conversas online e gratuitas com artistas
Entre os convidados, estão Fábio Porchat; Alok; Monja Coen; Gabriel, o Pensador e o jornalista Nelson Motta
O Rock in Rio vai promover um festival de conversas online e gratuito de 14 a 17 de setembro. Fábio Porchat, Alok, Monja Coen, Gabriel, o Pensador e o jornalista Nelson Motta estão entre os mais de 200 nomes que a organização do Humanorama pretende reunir.
Realizado simultaneamente no Brasil e em Portugal, o evento terá quatro salas virtuais para receber pessoas de diferentes áreas de atuação -empresários, artistas, executivos e acadêmicos, que vão ser confirmados ao longo das próximas semanas.
Os convidados vão participar cerca de 80 horas de conteúdo, disponíveis no site oficial, entre workshops, debates e reflexões sobre temas atuais por “um mundo melhor”, lema do Rock in Rio. Sustentabilidade, questões de gênero, raciais e ambientais devem figurar na pauta.
Assim como ocorre na Cidade do Rock, o público terá a opção para escolher o que deseja ver nos diferentes palcos -no caso, os canais “Sou”, “Nós”, “Somos” e “Experiências de Aprendizagem”.
Os quatro espaços são divididos por temas, explica a organização. No “Sou”, o foco é sustentabilidade individual e o autoconhecimento; o canal “Nós” explora as relações interpessoais, o poder do coletivo e da colaboração; o “Somos” aborda o universo do impacto social e a relação com o meio ambiente, explorando temas como a cidadania ativa, economia sustentável, criação de valor; e o canal “Experiências de Aprendizagem” será o epicentro dos workshops práticos, liderados por professores e especialistas que abordarão as três temáticas dos restantes canais.
Segundo a produção, a ideia é “abrir espaço a novas perspectivas e visões sobre alguns dos assuntos mais complexos da sociedade, explorando diferentes aspectos do ser humano e a sua capacidade de autorreflexão e de se relacionar com os outros.”
“Como é que a gente pode funcionar como uma gota no oceano, no sentido de cativar mais pessoas? A gente começou a entender que é importante partilhar a visão de mundo”, diz Roberta Medina, vice-presidente-executiva do Rock in Rio em entrevista por vídeo à reportagem.
O Humanorama é mais uma iniciativa do tradicional festival de música na área da educação, depois de ter criado uma unidade de negócio dedicada ao learning experience.
Para Roberta Medina, “inovar e inspirar são palavras intrínsecas ao festival e fazem parte da visão de construção de um mundo melhor. “Acreditamos que o Rock in Rio Humanorama é mais um passo nesse sentido, ao ser um projeto que promove o diálogo, fomenta novas ideias e fornece ferramentas e insights que podem gerar um impacto significativo na sociedade, começando pelo próprio desenvolvimento de cada um”.
“O Rock in Rio Humanorama surge para inspirar, provocar reflexões, estimular a aprendizagem e explorar a relação com o próximo, que nos torna mais humanos”, diz Agatha Arêas, vice-presidente de learning experience do Rock in Rio.
De acordo com Roberta Medina, uma edição presencial do Humanorama deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2022 -provavelmente em meados de abril ou maio- com espaços montados em Portugal e no Brasil.
Já o Rock in Rio com atrações musicais, por causa da pandemia, foi remarcado para os dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022 na Cidade do Rock, montada no Parque Olímpico (zona oeste do Rio).
Em Lisboa, por sua vez, o festival foi adiado em 2020 e 2021, tendo sua próxima edição sido marcada para os dias 18, 19, 25 e 26 de junho de 2022.
Questionada sobre as remarcações Roberta Medina diz ser otimista, mas tem ressalvas. “Muito confiante eu não vejo ninguém que esteja. Eu sou super otimista e estava muito confiante no final do ano passado. E pimba”, afirma. “Eu acho que depois do susto que a gente tomou, todo mundo achando que 2021 era um ano de limpeza, quem é que tem confiança como que quer que seja, de uma pandemia, de um bichinho que ninguém controla?”
Embora as notícias nesta fase do ano comecem a ser preocupantes, principalmente por causa das variantes do coronavírus, a executiva destaca as vacinas como grandes aliadas para a retomada.
“De novo a gente chega essa fase do ano e começa a ter notícia ruim. No ano passado foi a mesma coisa, em junho, quando achamos que estava melhorando Lisboa começou a dar uma travada. Mas neste ano temos um grande diferencial que é a vacina.”