Começa no Paranoá a 13ª edição do Jornada Literária do DF

Fomentado pelo FAC, evento promove encontro entre livros, autores e leitores no Entorno. Convidado da abertura desta edição foi o escritor Ignácio de Loyola Brandão

Começou nesta semana a 13ª Jornada Literária do Distrito Federal, realizada até terça-feira (28/6), no Paranoá, na sede da Associação Cultural Jornada Literária do DF, no prédio do Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá e Itapoã.

Um dos convidados mais renomados do evento é o escritor Ignácio de Loyola Brandão.

Na manhã desta segunda-feira (20/6), cerca de 500 alunos de duas instituições de ensino do Paranoá e do Itapoã bateram um papo com o renomado autor de obras célebres como Zero (1975), Não Verás País Nenhum (1981) e Cadeiras Proibidas.

“Sempre digo por toda parte que eventos como esse representam resistência e seus realizadores são heróis. Então, falar para essa garotada é um prazer muito grande. Para cada grupo desses, se três despertarem, se encantarem pela leitura, já é uma coisa muito boa”, afirma o escritor paulista de 86 anos.

O evento, realizado com fomento de R$ 400 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), é uma iniciativa da Associação Cultural Jornada Literária e tem o objetivo de entrelaçar, num mesmo ambiente físico, autores, livros e leitores.

“O Jornada Literária promove o encontro do autor, do livro e do leitor”, resume Marilda Bezerra, idealizadora e curadora do encontro. “Desde o princípio, o projeto consiste em levar literatura para regiões fora do eixo do Plano Piloto, descentralizando o acesso aos livros, à literatura”, destaca.

A cada ano, desde que começou, em 2016, o Jornada Literária do Distrito Federal ocorre em uma cidade diferente do entorno do DF. Em 2021, foi em Sobradinho; em 2020, em Ceilândia e Paranoá.

A cada edição, além de nomes consagrados da literatura nacional, são destaques na programação autores locais como Adriana Nunes, João Bosco Bezerra Bonfim, Ádyla Maciel e Nanda Fer Pimenta, além da jornalista Conceição Freitas.

“A grande parte da programação são encontros entre autores com leitores”, explica a curadora Marilda Bezerra. “Os leitores receberam os livros desses autores que foram distribuídos nas escolas, os professores trabalham com os alunos esses títulos e, depois, eles vêm aqui se encontrar com os autores. As atividades estão abertas para toda a comunidade”, detalha.

Para o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural da Secec, João Roberto Moro, o projeto Jornada Literária é um reflexo positivo de que a economia criativa do DF está voltando a se aquecer.

“É o que a gente sempre diz, FAC não é só cultura, FAC é emprego, FAC é renda e é isso que vemos nesse projeto”, avalia. “Além de fazer parte de dois blocos de editais voltados para a descentralização e democratização de projetos no DF”, constata.

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