Websérie vai contar a trajetória de quatro rappers do DF

Com financiamento de R$ 80 mil do FAC, projeto tem como protagonistas artistas da periferia que têm algum tipo de deficiência

A periferia de Ceilândia, com toda sua diversidade cultural e singularidade cotidiana, vai ganhar o formato de websérie pelas mãos de um de seus artistas mais relevantes. Errou quem pensou no premiado cineasta da cidade, Adirley Queirós. Acertou quem lembrou do rapper Marquim, uma das vozes do cultuado grupo Tropa de Elite, coautor de sucessos como De Rolê na Quebrada e Opala 71 Azul.

A ideia do projeto, que conta com R$ 80 mil de verbas do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e é intitulado Potoka, surgiu após consagração do artista no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), em 2014, quando o rapper protagonizou o drama Branco Sai, Preto Fica, do “brother” Adirley.

“Vamos contar a vida de quatro artistas do movimento hip hop que moram em quatro lugares diferentes do DF”, antecipa Marquim, que será um dos retratados da websérie junto com MC Real, DJ Bola Tribo e rapper Filipe Costa, o Perninha. Os quatro têm em comum o fato de serem artistas da periferia com algum tipo de deficiência.

“Somos exemplo de superação”, diz, orgulhoso, Marquim, hoje com 52 anos. “É um projeto que representa uma quebra de barreiras, de paradigmas, porque os protagonistas são pessoas com deficiências que fazem parte do mundo”, endossa Perninha.

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