Vigilância Sanitária interdita seis clínicas de cirurgia plástica no DF
Nos dois primeiros meses de 2022, houve quatro interdições, número que já supera o total de ações em 2021
De dezembro até fevereiro deste ano, auditores da Vigilância Sanitária interditaram seis clínicas de cirurgia plástica do Distrito Federal. “O número de interdições vem crescendo nos últimos meses”, informa a gerente de Risco em Serviços de Saúde, Fabiana de Mattos Rodrigues.
Nos dois primeiros meses de 2022, houve quatro interdições, número que já supera o total de ações do mesmo tipo registradas em 2021, quando foram interditadas três clínicas, e superior aos anos de 2020, quando houve uma interdição, e de 2019, com duas.
Fabiana aponta que o cenário é explicado pelo aumento no quantitativo de denúncias e dos casos de infecção reportados pelos hospitais do DF. “Além das denúncias formais que chegam via Ouvidoria, também recebemos notificações de casos de infecção decorrentes de procedimentos realizados nas clínicas que são identificados pelos hospitais, pois os pacientes buscam essas unidades de saúde para tratar as infecções”, esclarece.
Normas sanitárias
O número de denúncias envolvendo clínicas de cirurgia plástica também apresenta aumento progressivo desde 2019. “Só neste ano de 2022, já somamos nove denúncias apuradas em 40 dias”, relata a gerente.
As principais denúncias envolvem infecções decorrentes dos procedimentos cirúrgicos que resultam em sequelas permanentes, tanto físicas quanto psicológicas. Estabelecimentos que não obedecem às normas sanitárias e às boas práticas de funcionamento dos serviços de saúde também são denunciados à Vigilância Sanitária.
A partir da ação fiscalizatória, a área técnica faz um diagnóstico situacional dos estabelecimentos em relação ao cumprimento da legislação sanitária vigente. O grupo que compõe a equipe é constituído pelos auditores de atividades urbanas e por especialistas em diversas áreas.
Após a inspeção, são emitidos os termos fiscais pelos auditores da Vigilância Sanitária com as medidas sanitárias cabíveis em cada caso, bem como os relatórios técnicos de inspeção que contemplam todas as inconformidades verificadas com os devidos prazos para a resolução pelo serviço de saúde. “A clínica segue em acompanhamento até o cumprimento integral dos apontamentos realizados”, detalha a gerente de Risco em Serviços de Saúde.