Via Sacra de Planaltina recebeu 100 mil pessoas no Morro da Capelinha
O evento, realizado desde 1973, completa 49 anos neste ano
O espetáculo da fé voltou a acontecer em Planaltina e emocionou fiéis que lotaram o Morro da Capelinha, no fim da tarde desta sexta-feira (15/4). Após dois anos sem a realização da Via Sacra por conta da pandemia, a tradicional festa religiosa mobilizou cristãos de várias partes do Distrito Federal.
A novidade desta edição foi a celebração da cruz presidida pelo arcebispo de Brasília Dom Paulo César, presente ao local pela primeira vez, assistida também pelas autoridades que prestigiaram o evento, entre elas, o vice-governador Paco Britto.
Por volta das 16h, o público era de 20 mil pessoas, segundo informou o comandante Nava, da Polícia Militar (PMDF). Segundo o militar, até o fim do dia, o total se aproximava de 100 mil pessoas. Os fiéis foram chegando aos poucos, devido à chuva que caiu no local, no início da tarde.
A dramatização da morte e ressurreição de Jesus Cristo teve, neste ano, fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) de, aproximadamente, R$ 700 mil, assinado com o Grupo Via Sacra. O evento, realizado desde 1973, completa 49 anos neste ano.
Dom Paulo César, que tomou posse como arcebispo de Brasília em dezembro de 2020, também falou da alegria do momento. “É a primeira vez que venho aqui. Estou muito feliz em participar deste evento bonito, do qual eu tinha ouvido falar, e com a fé do nosso povo, revivendo esse momento de celebração da morte de Jesus”, disse, referindo-se à ação litúrgica.
Rafael da Silva Costa, padre da Paróquia São Sebastião, responsável pela missa realizada na Sexta-feira da Paixão no Morro da Capelinha, comemorou a retomada da encenação, após dois anos de interrupção. “O pessoal estava com muitas saudades deste evento histórico em Planaltina e é justamente este o nosso tema de 2022. Poder compartilhar essa troca juntos é gratificante”, arrematou.
Para o administrador de Planaltina, Antônio Célio Rodrigues Pimentel, o momento é muito especial, com o retorno do contato humano. “É um momento que se trabalha a espiritualidade mais uma vez, pois reflete nossos pensamentos. Somos mais participativos. Planaltina tem uma veia cultural, histórica e turística muito forte”, lembrou.
“De manhã, desde às 5h30, as pessoas vieram aqui para pagar suas promessas, subindo o morro de joelhos ou descalças”, frisou.