Troca de bebês em Planaltina: PCDF apura possível negligência
O delegado argumenta que este é um caso específico e rechaça quaisquer comparações com o “Caso Pedrinho”
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (28/10), explicou que as investigações acerca do caso da troca de bebês, no Hospital Regional de Planaltina, em 14 de maio de 2014, agora partem para uma segunda etapa.
A polícia pretende descobrir a causa dessa troca. E, se houve ou não negligência de quaisquer profissionais de saúde envolvidos nos partos naquele dia.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Diogo Cavalcante, da 16 DP, em Planaltina, não é possível repassar informações específicas sobre o passo a passo da investigação nessa etapa, porque o inquérito do caso ainda está em sigilo.
Porém, Cavalcante argumenta que este é um caso específico. E rechaça quaisquer comparações e especulações com o “Caso Pedrinho”, por exemplo. Porque, no caso da troca de bebês em Planaltina, não houve roubo/furto de uma criança.
A citação do “Caso Pedrinho”, segundo Cavalcante, ocorreu nos últimos dias, em meio ao tumulto da notícia, em que populares o questionaram: “Esse seria o novo ‘Caso Pedrinho?’”. O delegado prontamente respondeu que não há comparação possível.
Questionado pela imprensa sobre possibilidade de aparecerem outros bebês trocados naquela dada no Hospital de Planaltina, o policial também rechaçou a ideia.
O delegado ressaltou ainda que o dia daqueles partos no Hospital Regional de Planaltina foi “muito tumultuado”. E o intervalo entre os dois partos, muito curto, de “cinco minutos apenas”.
Agora a PCDF pretende descobrir os responsáveis pela troca de bebês e levá-los à Justiça. E, mesmo após sete anos terem se passado, a polícia não vê nenhuma possibilidade de prescrição do caso.
“Se a gente vislumbrasse uma prescrição do caso não teríamos iniciado a investigação, pretendemos descobrir os responsáveis pela troca dos bebês e levar o caso à Justiça”, afirmou o delegado Diogo Cavalcante.