Taxa de desemprego no DF está em redução, aponta pesquisa
Construção civil, atividades públicas e setor de serviços alavancam as contratações
A economia do Distrito Federal segue demonstrando força para enfrentar a crise mundial resultante da pandemia do novo coronavírus. Nesta terça-feira (28/9), a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) elaborada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese) apontou que, nos últimos 12 meses – agosto de 2020 a agosto deste ano –, a taxa de desemprego total na capital federal diminuiu 0,9 pontos percentuais, indo de 19,1% para 18,2%.
Conforme a pesquisa, o número de ocupados no Distrito Federal aumentou (10,2%), chegando a 1.367.000 pessoas em agosto de 2021. O crescimento do nível de ocupação foi verificado no setor da construção civil (16,9%), no comércio (13,3%), no setor de serviços (9,0%) e, em menor intensidade, na indústria de transformação (4,7%).
“No Distrito Federal e na periferia metropolitana de Brasília, vimos uma recuperação do nível ocupacional positiva”, avalia o gerente de pesquisas socioeconômicas da Codeplan, Jusçanio Souza. “Estávamos em uma situação de desemprego elevada, e esse desemprego vem se reduzindo, norteado, de certa forma, pelo aumento do nível ocupacional, que reflete ainda no aumento do emprego doméstico, autônomo e do setor de serviços.”
A administração pública também fez sua parte. O contingente de assalariados cresceu 0,7% (6 mil), em decorrência do aumento de contratações no setor público (3,3%), que chegou a oferecer 9 mil oportunidades. A pesquisa apresentou ainda um crescimento no número de postos de trabalho entre os trabalhadores autônomos (4,1%), o que significou a ocupação de mais 10 mil profissionais.
Para a economista Lúcia Garcia, técnica do Dieese, o mês de agosto revelou que a economia do DF segue demonstrando sinais de melhora. “Identificamos que o mercado de trabalho da área metropolitana de Brasília continua em marcha de recuperação, com aumento das oportunidades de trabalho, em volume superior à elevação da força de trabalho”, analisa. “Como resultante, houve queda da taxa de desemprego regional”.
Média salarial em alta
A pesquisa ainda apontou um crescimento de 1,9% do rendimento médio real dos ocupados. Entre junho e julho deste ano, para os assalariados, esse registro foi ampliado em 2,4%; e, no caso dos trabalhadores autônomos, em 3,7%. Em valores, isso significa que os ocupados registraram uma renda média mensal de R$ 3.764, enquanto a dos assalariados foi de R$ 4.152 e a de autônomos, R$ 2.166.
Entre os assalariados, a remuneração média variou positivamente no setor privado (0,4%) e no setor público (0,2%). Segundo o setor de atividade econômica, o salário médio cresceu no setor de serviços (1,2%) e diminuiu no comércio e reparação (-2,3%).