Suspeito de pedofilia criava perfis falsos na internet para atrair crianças do DF
Segundo a PCDF, o homem se passava por criança para poder interagir com as vítimas
Policiais civis da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião) prendeu, nessa quarta-feira (16/3), em Itagi, no interior da Bahia, um homem, de 28 anos, suspeito de pedofilia. O autor utilizava perfis falsos nas redes sociais para aliciar crianças moradoras do Distrito Federal.
Segundo as investigações, para interagir com as crianças, o criminoso se passava por criança. Após ganhar a confiança delas, ele as induzia a se exibirem de “forma pornográfica”, inclusive com a gravação e encaminhamento de fotos e vídeos.
Na posse dos vídeos, o suspeito exigia que as crianças produzissem mais conteúdo de cunho pornográfico. Como forma de obrigar as vítimas a produzirem novas imagens, o suspeito praticava uma dupla ameaça: contar para os pais sobre a existência dos vídeos, bem como de “vazá-los” na internet.
Após as investigações, o juiz de São Sebastião decretou a prisão preventiva do suspeito e expediu mandado de busca e apreensão para a residência dele. Com o apoio da Polícia Civil do Estado da Bahia, o suspeito foi localizado e preso em Itagi (BA). Durante as buscas, foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos, que serão periciados para a identificação de novas vítimas.
Segundo o delegado-chefe adjunto da 30ª DP, Ulysses Luz, “podem existir outras centenas de vítimas nas mais diversas unidades da federação, principalmente em razão da alta capilaridade proporcionada pelas redes sociais”.
“Investigações como essa demonstram que a Polícia Civil está atenta e pronta para reprimir a atuação de criminosos que se valem da internet para cometer delitos, acreditando tratar-se de terra sem lei. Importante também deixar claro que a vigilância dos pais é de fundamental importância para a prevenção de fatos como esse”, destaca o delegado.
O preso está sendo transferido para o Distrito Federal e responderá pela prática de crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, podendo ser condenado a uma pena que varia de cinco a 13 anos de prisão.