Saúde do DF confirma 3.100 casos ativos de covid-19 e 5.805 casos de influenza
Até o momento, não ocorreu nenhuma morte por covid-19 no DF em 2022
A Secretaria de Saúde confirmou a existência de 5.805 casos ativos de influenza e 3,1 mil casos ativos de covid-19 no Distrito Federal.
O Índice de Transmissibilidade (RT) da Covid-19 chegou a 1,27 com o registro de 760 casos entre quarta e quinta-feira. Há cerca de 3.100 casos ativos no Distrito Federal.
O crescimento, porém, tem se concentrado em casos assintomáticos ou com sintomas leves.
Até o momento, não ocorreu nenhuma morte por covid-19 no DF em 2022. Dos 55 leitos de UTI específicos para a doença, 18 estão ocupados.
“Apesar de a taxa estar em elevação, o número de internações e de óbitos não está. Isso mostra a eficiência das vacinas”, afirmou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
Vacinação da Covid-19
O Distrito Federal se aproxima das cinco milhões de doses de vacina aplicadas. Até esta quarta-feira (5), foram 4.970.430 doses, sendo 2.310.839 de D1, 2.124.910 de D2, 58.413 de dose única, 465.689 doses de reforço e 10.579 doses adicionais para imunossuprimidos. Ao todo, 89,62% da população vacinável já recebeu a primeira dose e 84,68% tomaram a segunda dose ou dose única.
Ainda assim, é estimado que 209 mil moradores do Distrito Federal ainda não iniciaram a imunização e 179 estão com a segunda dose atrasada.
“Nós entendemos ser esse o grupo de risco e de agravamento”, disse Divino Valero.
O aumento do número de casos de covid-19 já era esperado pela Secretaria de Saúde. De acordo com a secretaria, houve o aumento do número de eventos sociais durante as festas de fim de ano e a nova variante, a Ômicron, se caracteriza pela alta transmissibilidade. Mas também houve um aumento da testagem em massa.
Na quarta-feira (5), os quatro postos de ampla testagem para a covid-19 somaram a realização de 732 testes para detecção do coronavírus Sars-CoV-2.
Ao todo, 163 foram positivos, cerca de 22,26%. Os quatro pontos estão localizados no Aeroporto, na Rodoviária do Plano Piloto, nas Unidades Básicas de Saúde 1 da Asa Sul, na 612 Sul, e 2 da Asa Norte, na 114/115 Norte.
Enquanto o posto de testagem no aeroporto é voltado para passageiros que chegam a Brasília, os outros três atendem toda a população do Distrito Federal.
Os testes são recomendados para quem apresenta sintomas da covid-19 ou teve contato com alguém contaminado. Os resultados saem em até 30 minutos. Os locais funcionam das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.
Influenza
Entre as síndromes respiratórias foram identificados casos de influenza A, influenza B, metapneumo, flu A e vírus sincicial respiratório (VSR), este último mais comum em crianças.
“É importante lembrar que esses vírus têm histórico de circulação no Distrito Federal. Neste ano, o que tem ocorrido é uma maior notificação”, esclareceu a chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF), Priscilleyne Reis.
Para a influenza, o diagnóstico dos casos é feito, prioritariamente, de maneira clínica. Após descartada a covid-19, os pacientes recebem o tratamento previsto para doenças do tipo, independentemente do tipo de vírus (influenza A, influenza B ou outros).
“O objetivo do exame clínico da influenza não é fazer o diagnóstico. É para ajudar a construir a próxima vacina que será distribuída”, explicou a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall.
De acordo com Fernando Erick Damasceno, o relevante, no momento, é que os moradores do Distrito Federal somente busquem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) caso apresentem sintomas de doenças respiratórias e que permaneçam em casa enquanto estiverem adoentados, a fim de evitar a circulação dos vírus.
O médico fez um apelo também aos empregadores, que devem liberar do expediente pacientes contaminados. “Mesmo o caso gripal precisa ser afastado do serviço”, reforçou. A medida pode evitar, inclusive, o alastramento da doença dentro do ambiente de trabalho.
No caso da influenza, 59,1% dos casos notificados são de pessoas na faixa etária entre 20 e 49 anos. “Trata-se da população que circula com mais frequência”, explicou Priscilleyne Reis.
Vacinação infantil
A respeito do início da campanha de vacinação para crianças de 5 a 11 anos de idade, a Secretaria de Saúde do DF depende do envio de doses de vacinas por parte do Ministério da Saúde.
A estratégia, o número de postos que contarão com os imunizantes e a convocação das faixas etárias serão definidos de acordo com o ritmo da chegada dos imunizantes.
“O DF está preparado para iniciar a vacinação tão logo cheguem os imunizantes”, garantiu o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos.