Samu registra mais de 13 mil trotes neste ano no Distrito Federal
Até o mês de agosto, foram recebidas 505.578 chamadas de urgência
Mesmo vivendo em meio a uma pandemia de Covid-19, ainda há pessoas que seguem fazendo ligações desnecessárias durante atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF). Até o mês de agosto, a Central 192 recebeu 505.578 ligações, sendo 13.444 como trotes. “O ideal é que não tenhamos nenhum registro nos nossos relatórios, porque isso gera demanda reprimida”, lamenta o diretor do Samu, Victor Arimatea.
“Enquanto um dos nossos teleatendentes recebe uma chamada de trote, existe uma pessoa com uma ocorrência verdadeira sem conseguir contato conosco”, explica Victor Arimatea.
Dos diagnósticos confirmados pelas ligações nos oito primeiros meses do ano, 26.863 foram considerados casos clínicos; 7.530, casos traumáticos; 4.610, casos psiquiátricos; 1.427, obstétricos; e 403, casos pediátricos.
Também ocorreram o total de 19.645 demandas reprimidas de janeiro a agosto deste ano, casos em que intervenções eram necessárias, mas não havia meios para isso.
No mesmo período, ocorreram 24.366 remoções para hospitais públicos, privados e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de todo o DF. Desse número, o total é de 22.653 para unidades públicas de saúde. Além disso, foram registrados 42.011 atendimentos primários nos oito primeiros meses de 2021.
O Samu-DF está distribuído em 22 bases descentralizadas, cobrindo toda a região do Distrito Federal.
Trote é crime
De acordo com o artigo 266 do Código Penal Brasileiro, passar trote para serviços de emergência é crime e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção.
No caso de menores que cometem esse ato infracional, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) o considera como gravíssimo, e a criança ou adolescente será encaminhado para à Vara da Infância e da Juventude para que sejam aplicadas as medidas socioeducativas de acordo com a gravidade do trote dentro da Legislação Brasileira vigente.