Reeducandas vão produzir máscaras e capotes para hospitais públicos do DF
Serão 10 costureiras da penitenciária feminina atuando na produção dos equipamentos de proteção individual pelo período de dois meses
A Secretaria de Saúde firmou contrato com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), para a fabricação de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para hospitais públicos do Distrito Federal. A mão de obra virá de reeducandas da penitenciária feminina por meio da oficina de costura.
A iniciativa será destinada à fabricação de toucas, capotes e máscaras, considerando a necessidade de atender a alta demanda nos serviços de saúde do DF, diante da pandemia de Covid-19. Os materiais serão produzidos por 10 reeducandas, em caráter de urgência, pelo período de dois meses.
Cursos profissionalizantes
A Funap tem concentrado esforços na busca por parcerias que ofertam cursos profissionalizantes, com vagas focadas em pessoas encarceradas. As parcerias também englobam órgãos públicos do governo do Distrito Federal (GDF) e organizações de capacitação de mão de obra e empreendedores do chamado Sistema S.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destaca que “programas voltados à capacitação profissional dos apenados visam garantir que o sentenciado possa, ainda no cumprimento da pena, adquirir conhecimentos que qualifiquem sua mão de obra, o que possibilita a sua reinserção no mercado de trabalho, além de fomentar a elevação de sua escolaridade e a prestação de apoio social às famílias dos apenados”.
Atualmente, a Funap tem 77 contratos ativos, sendo 73 em órgãos públicos e instituições. Em 2020, a fundação foi responsável por 3.373 sentenciados que foram inseridos no mercado de trabalho. Em 2021, são mais de 2 mil reeducandos inseridos no Programa de Amparo ao Trabalhador.
“Essas experiências positivas apontam que o reeducando que trabalha dificilmente volta a transgredir a lei”, ressaltou a diretora da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), delegada Deuselita Martins.
Prêmios
Em 2020, o projeto Máscara Solidária, desenvolvido pela Secretaria de Justiça e Cidadania, foi uma das iniciativas do DF reconhecidas pelo Selo Social, certificação concedida pelo Instituto Abaçaí. A edição homenageou as ações de combate aos problemas sociais causados ou potencializados pela pandemia no país.
O projeto da Sejus conciliou a prevenção ao novo coronavírus, por meio da produção de máscaras laváveis, com a ressocialização dos internos do sistema prisional, responsáveis pela confecção desses itens de proteção facial nas oficinas de costura na Penitenciária do Distrito Federal I.
Outro prêmio recebido em 2020 foi o Selo Resgata, por inserir presos e egressos do sistema prisional no mercado de trabalho.