Projeto apresenta pesquisa sobre desigualdade e fome no DF – Mais Brasília
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Projeto apresenta pesquisa sobre desigualdade e fome no DF

Dados foram divulgados após a realização de um estudo sobre cenários socioeconômicos da capital federal

Foto: Reprodução

O Observatório de Políticas Públicas do DF apresentou a segunda etapa do estudo que analisa dados específicos diante dos impactos da pandemia da Covid-19 na capital.

Com o tema “Desigualdade de fome: Insegurança Alimentar e Políticas Sociais no DF”, a pesquisa realizada pelo projeto Observa DF, aponta que há uma taxa elevada de insegurança alimentar, principalmente nas regiões com baixa renda.

O estudo também mostrou que quase 40% (39,9%) dos moradores da capital do país tiveram a preocupação de que os alimentos acabassem antes de ter condições de comprar ou receber mais comida; e 23,3% dos entrevistados afirmaram que a comida acabou antes que eles tivessem dinheiro para comprar mais alimentos.

O ObservaDF constatou que 9,5% dos brasilienses já sentiram fome, mas não comeu porque não tinha dinheiro para comprar comida. Já 9,7% dos entrevistados alegou que fez apenas uma refeição por dia ou ficou o dia todo sem se alimentar por não ter condições financeiras.

O levantamento aponta, ainda, que dos 50% da população que está em segurança alimentar, 14% nunca consomem alimentos saudáveis e outros 15% consomem todos os alimentos saudáveis todos os dias.

A pesquisa detalha que 72% dos entrevistados consomem mais de quatro alimentos saudáveis todos os dias. Porém, dos 10% que estão em insegurança alimentar grave: 17% não consomem alimentos saudáveis nunca, mas 60% consomem até três tipos de alimentos saudáveis todos os dias.

Quando o cenário leva em consideração apenas mulheres, pessoas com a cor da pele parda e quem perdeu o emprego na pandemia, esse grupo tem maior probabilidade de estarem em situação de insegurança alimentar, diz o estudo.

A análise também mostra que o auxílio emergencial é a única política social que tem um efeito moderador da insegurança alimentar para os mais pobres, que recebem abaixo de dois salários mínimos.