Procedimento com o corpo de Lázaro Barbosa foi finalizado; IML aguarda retirada pela família

Instituto confirmou que aguarda um contato e que,  caso não seja feito, o corpo seguirá no local sem um prazo máximo para ser retirado

O corpo de Lázaro Barbosa Souza, 32 anos, morto em confronto com a Polícia Militar de Goiás (PMGO), na manhã dessa segunda-feira (28/6) segue no Instituto Médico Legal (IML), de Goiânia e aguarda a retirada por parte dos familiares.

Segundo o IML, os procedimentos necessários para a liberação do cadáver foram finalizados por volta das 18h de segunda, mas, até o momento, não houve manifestação por parte da família. Para o Mais Brasília, o Instituto confirmou que aguarda um contato e que,  caso não seja feito, o corpo seguirá no local sem um prazo máximo para ser retirado.

“Não temos um prazo, principalmente no caso dele que sabemos que existe família. O enterro social só acontece em casos de indigente, o que não é o caso dele”, afirmou uma funcionária do local que não quis se identificar.

Confronto com a polícia

Após 20 dias de fuga, Lázaro Barbosa morreu com pelo menos 38 tiros durante um confronto com a força-tarefa que estava a sua procura. O número de perfurações foi sinalizado pelo secretário de Saúde de Águas Lindas (GO), Rui Borges.

“Quando ele chegou [ao hospital], já estava sem vida. Nós contamos 38 marcas de tiro. É um cálculo aproximado ainda”, atestou Borges, em entrevista ao portal Metrópoles.

Lázaro estava escondido, em uma região da periferia de Águas Lindas de Goiás (GO), próximo à casa da ex-sogra. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital Municipal Bom Jesus, mas chegou ao local sem vida. A morte foi confirmada pela Polícia Civil e pelo Comando da Polícia Militar de Goiás.

Em depoimento, a equipe da força-tarefa disse ter disparado 125 vezes no confronto final. Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, o assassino revidou ao descarregar uma pistola que estava com ele.

Trajetória de crimes

As buscas por Lázaro Barbosa tomaram novo rumo após a polícia identificar e prender duas pessoas que estariam o ajudando na fuga. O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 74 anos e, o caseiro dele, Alain Reis de Santana, 33 foram detidos por dar guarida para o criminoso. Em depoimento, o caseiro colaborou com a investigação e deu detalhes sobre o suporte dado ao foragido. Ele contou que foi coagido pelo dono da propriedade e ameaçado pelo suspeito dos crimes em série para não contar sobre seu paradeiro. Após essas informações, a polícia fechou novamente o cerco nas buscas por Lázaro.

Bastante extensa, a ficha criminal de Lázaro Barbosa se tornou conhecida após o homem se tornar um dos foragidos mais audaciosos dos últimos tempos. Em seu estado de origem, na Bahia, o homem era procurado por dois homicídios cometidos, em 2007, quando ele tinha cerca de 18 anos, na cidade de Barra do Mendes, a 573 km da capital Salvador.

No Distrito Federal, Lázaro começou a ser procurado após matar, no dia 9 de junho, com golpes de faca e tiros Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. A família era moradora de uma chácara no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, no Incra 9, em Ceilândia. No dia deste crime, a mãe e esposa das vítimas, Cleonice Marques, 43 anos, foi levada pelo autor do crime. O corpo dela foi encontrado três dias depois,  próximo a um córrego localizado no Sol Nascente, no local conhecido como Córrego das Corujas no meio da mata entre a BR-070 e a DF-180. O córrego ficava a 8km da chácara da família.

Durante o tempo em que esteve foragido, o homem se envolveu em outros crimes e mobilizou cerca de 300 homens em sua procura. Inicialmente, as polícias do DF e GO atuaram em conjunto. Contudo, por falta de entendimento entre as forças de segurança envolvidas e os chefes de Estado do DF, Ibaneis Rocha (MDB) e Ronaldo Caiado (DEM), as equipes da capital retiraram as tropas da operação.

O Mais Brasília relembrou a trajetória envolvendo o nome do criminoso. Para acessar o conteúdo, clique AQUI.

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