Presos motorista e dono de empresa do ônibus que tombou na BR-070; PCDF confirma 7ª morte
A sétima morte foi confirmada pela PCDF na tarde deste domingo (22)
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, em flagrante, o motorista e o dono da empresa responsável pelo ônibus clandestino que tombou ao tentar fugir da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A sétima morte foi confirmada pela PCDF na tarde deste domingo (22).
O acidente aconteceu na BR-070, altura de Ceilândia, por volta das 18h desse sábado (21). O ônibus, com 32 pessoas, vinha de São Luís do Maranhão com destino à Rodoviária de Taguatinga. Sete pessoas morreram. Destes óbitos, 4 foram no local do acidente e 3 em hospitais públicos da região.
De acordo com a polícia, o acidente aconteceu quando o motorista do ônibus tentou fugir dos agentes da ANTT, que escoltavam o veículo. Com a pista molhada por causa da chuva e os pneus carecas, o motorista acelerou, bateu em uma caminhonete e tombou na via.
Ainda segundo a polícia, o dono da empresa, Alexandre Henriques Camelo, e o motorista, Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, que são pai e filho, são suspeitos de homicídio qualificado e lesão corporal.
Ainda conforme a polícia, o pai, Alexandre Henriques, usou o próprio carro para tentar atrapalhar os agentes da ANTT, que escoltavam o ônibus. Nesse momento, o filho tentou fugir com o ônibus, colidiu com outro veículo e tombou.
“A causa que gerou a perda do controle do ônibus está sendo apurada, mas houve um excesso de velocidade. Ele assumiu o risco de causar o dano, quando ele empreendeu fuga. Estava chovendo na BR-070, [a pista] estava molhada. O ônibus não estava em perfeitas condições”, afirma o delegado Josué Pinheiro, da 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga Centro, onde a ocorrência foi aberta.
Agora o caso segue sob investigação da 17ª DP, de Taguatinga Norte, no DF.
No ônibus, havia ainda um motorista auxiliar. No entanto, ele foi ouvido pela polícia e liberado. Em nota, a ANTT disse que o motorista do ônibus tentou fugir com o veículo. “A agência esclarece que, em nenhum momento, houve perseguição por parte da equipe da agência”, diz o texto.