Preso ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF, acusado de ameaçar duas mulheres
Há suspeição ainda de que o delegado-chefe desta unidade, em Ceilândia, Thiago Peralva, tenha auxiliado Robson Cândido
Preso na manhã deste sábado (4), o ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido. Ele foi detido em casa, na região administrativa do Park Way. Ele é acusado de ameaçar e perseguir duas mulheres, segundo denúncia e investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
A prisão preventiva de Robson Cândido foi decretada pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Águas Claras.
Também foram cumpridos mandados de busca na casa dele e em uma delegacia em Ceilândia. Segundo a polícia, há suspeitas de que os equipamentos da delegacia tenham sido utilizados para praticar os delitos contra as vítimas.
Há suspeição ainda de que o delegado-chefe desta unidade, em Ceilândia, Thiago Peralva, tenha auxiliado Robson Cândido a grampear uma das vítimas e a praticar crime de stalking. Peralva também está sendo investigado pelo MPDFT.
Robson Cândido foi exonerado no dia 2 de outubro, do mais alto posto que ocupava na PCDF. À época, ele justificou o ‘pedido’ de exoneração dizendo que precisava “cuidar de problemas pessoais”. A exoneração saiu após duas mulheres registrarem boletins de ocorrência contra ele, denunciando agressões.
A Delegacia da Mulher e a Corregedoria-Geral investigam ocorrências contra ele por ameaças e perseguição. Os casos são no âmbito da Lei Maria da Penha. Semanas depois de deixar o comando da PCDF, Robson Cândido se aposentou. Ele permaneceu no cargo durante cinco anos, em todo o primeiro mandado do governador Ibaneis Rocha e em mais nove meses nessa segunda gestão.
Após uma semana em que as denúncia vieram a tona, a Secretaria da Segurança Pública (SSP), em nota, se pronunciou oficialmente e disse que “o referido caso está sendo devidamente apurado pela Corregedoria do órgão, conforme prevê a legislação em vigor”.
O Ministério Público do Distrito Federal também abriu uma investigação, que está a cargo do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP).