Policial penal é preso acusado de planejar fuga de detentos da Papuda por R$ 150 mil
O suspeito é investigado por introduzir materiais proibidos nas celas, colaborar com internos, comprometer a segurança do sistema prisional e planejar a fuga de internos mediante o pagamento de altos valores (150 mil reais por preso)
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu cumpriu um mandado de prisão temporária contra um policial penal, suspeito de facilitar a entrada ilegal de objetos e celulares no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda.
A prisão ocorreu durante a Operação ROTTURA, deflagrada na na última quarta-feira (10), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR).
A operação contou com o apoio da Divisão de Operações Especiais da PCDF (DOE) e da Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF). Além desta prisão, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
Segundo a polícia, a investigação teve início após a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAPE) apreender um aparelho celular dentro do sistema prisional.
O suspeito é investigado por introduzir materiais proibidos nas celas, colaborar com internos, comprometer a segurança do sistema prisional e planejar a fuga de internos mediante o pagamento de altos valores (150 mil reais por preso).
Além da prisão temporária, que foi efetuada na unidade prisional quando o policial penal deixava o plantão, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um na residência do policial penal, em Planaltina de Goiás, e outro em uma residência associada às transações financeiras entre os presos e o suspeito, localizada no Riacho Fundo II/DF.
Durante as buscas, foram apreendidos diversos itens que servirão como prova para a continuidade das investigações, incluindo documentos, dispositivos eletrônicos e anotações financeiras. Entre os itens apreendidos na residência do policial penal, foi encontrado um bilhete contendo informações detalhadas sobre transações financeiras e negociações ilícitas, vinculando o policial
penal a uma facção criminosa atuante no Distrito Federal.
O policial penal poderá ser responsabilizado pelos crimes de corrupção passiva, introdução de aparelho telefônico de comunicação móvel sem autorização legal em estabelecimento prisional, prevaricação, promoção ou facilitação de fuga de pessoa legalmente presa e integração em organização criminosa.
As investigações contaram com o apoio do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (NUPRI/MPDFT).