Policiais civis do DF decidem paralisar serviço voluntário gratificado por 4 dias
A decisão da categoria é “o primeiro recado” ao governo
Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), a categoria decidiu por paralisar o serviço voluntário gratificado (SVG) da Polícia Civil do DF (PCDF) por quatro dias. Conforme explicita o Sinpol, “nenhum policial civil vai aderir ao SVG entre os dias 3 a 6 de janeiro de 2022”.
O SVG foi criado ainda no início do mandato de Ibaneis para assegurar o funcionamento das unidades. O Governo do DF (GDF), inclusive, tem veiculado nesta semana, nos meios de comunicação, uma peça publicitária que ressalta o funcionamento das delegacias por 24 horas.
Com a suspensão do SVG, praticamente todas as delegacias do DF terão o horário de atendimento e a equipe de servidores reduzidos. E podem até fechar as portas.
De acordo com o Sinpol, “a decisão da categoria [de paralisar por estes quatro dias] é ‘o primeiro recado’ ao governo, que ainda não cumpriu a promessa de conceder recomposição salarial”.
O sindicato argumenta que os policiais estavam, até então, receptivos ao diálogo para com o governo. “Ninguém pode acusar a categoria de não abrir o diálogo, porque tudo o que fizemos até agora foi dialogar; empenhamos um grande esforço em construir o caminho para recomposição salarial e outros pleitos. Agora, é preciso que haja uma atitude clara do GDF”, afirma Alex Galvão, presidente do Sinpol-DF.
O sindicato aguarda se reunir com Ibaneis Rocha em breve, conforme acertado em uma reunião entre dirigentes dos dois sindicatos da PCDF, o delegado-geral Robson Cândido e o secretário de Segurança Pública Júlio Danilo, realizada também na manhã desta terça (23).
Segundo expõe a categoria, “policiais civis amargariam uma defasagem salarial de mais de 60%”.
Eles argumentam que o governador prometeu – em campanha eleitoral – equiparar os salários. “A paridade com a Polícia Federal (PF), prometida por Ibaneis durante a campanha eleitoral, transformou-se em um reajuste de apenas 8% concedidos no início de 2020”.