Polícia prende suspeito de matar e queimar 6 pessoas de família desaparecida no DF
O suspeito chegou à delegacia, a 6ª DP, no Paranoá, em Brasília, com os punhos e mãos bastante queimados
Um suspeito, Gideon Batista de Menezes, 56 anos, acusado de ter matado e incendiado seis das oito pessoas, da mesma família, desaparecidas DF desde quinta (12), foi preso na manhã desta terça-feira (17) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O suspeito chegou à delegacia, a 6ª DP, no Paranoá, em Brasília, com os punhos e mãos bastante queimados.
A profundidade das cicatrizes pode indicar que o acusado se machucou no momento em que ateou fogo a algum dos dois veículos carbonizados. As polícias civis de Goiás, do DF e de Minas Gerais investigam o caso.
Entenda o caso da família desaparecida:
Oito pessoas da mesma família estão desaparecidas no Distrito Federal. Até agora, seis corpos foram encontrados carbonizados em dois veículos da família. Mas ainda não se sabe de quem são os cadáveres. Dois destes corpos foram encontrados nessa segunda (16), na BR-251, na região de Unaí, em Minas Gerais, pela Polícia Civil do DF.
Quatro dessas oito pessoas desaparecidas – a cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, e três filhos pequenos, os gêmeos de 6 anos e um menino de 7 anos – desapareceram na última quinta-feira (12). As outras quatro – o marido da cabeleireira, Thiago Gabriel Belchior; os pais dele e uma irmã dele – sumiram entre sábado (14) e domingo (15), na BR-251, região de Unaí, em MG. Segundo familiares à polícia, eles estavam indo viajar e estavam em um Sienna.
Os primeiros quatro corpos carbonizados foram localizados pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), em Cristalina de Goiás, Entorno do DF, na manhã da última sexta (13). Na segunda (16), a PCDF informou ter localizado mais dois corpos carbonizados em um carro que pertence ao sogro da cabeleireira.
Além dos três filhos pequenos, a cabeleireira ainda é mãe de um jovem de 24 anos e de uma garota de 18 anos. A cabeleireira é moradora de Santa Maria e está, há 10 anos, com o atual companheiro.
Na noite da última quinta (12), Elizamar deixou o salão em que é proprietária, na 307 Norte, na Asa Norte, em Brasília, em companhia dos três filhos e de uma funcionária do estabelecimento. À polícia, a funcionária do salão disse que a cabeleireira a deixou em uma parada de ônibus e seguiu para a casa da sogra ao encontro do marido.
Afirmou ainda que a última vez em que as duas se falaram foi por volta das 22h da noite do domingo, por mensagem de zap, e que Elizamar informou estar, naquele momento, chegando à casa da sogra. Após uns 40 minutos, a funcionária enviou outra mensagem à patroa, mas não obteve resposta.
Segundo disse o filho mais filho da cabeleireira à polícia, a mãe foi a casa da sogra buscar o marido, Thiago Gabriel Belchior. O jovem também informou que, no dia seguinte, o homem ligou para ele dizendo ter se separado da cabeleireira após uma discussão, e que ela teria ido embora.
De acordo com o delegado Cassius Zamó, da Polícia Civil de Goiás (PCGO), um dos responsáveis pela investigação, não é possível dizer que os corpos carbonizados encontrados nos veículos sejam os corpos dos desaparecidos, porque o Instituto Médico Legal (IML), em Luziânia, ainda precisa terminar de realizar exames de DNA para verificar quem são os cadáveres encontrados.
No DF, o caso está sendo investigado pela 6ª DP, localizada no Paranoá.