Polícia prende homem com 18 pássaros silvestres em cativeiro no DF
Canários-da-terra eram mantidos presos sem autorização do Ibama. Homem de 59 anos disse aos policiais que retirou a maioria dos animais na natureza
Policiais civis da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) prenderam, nesta quinta-feira (27/5), um homem de 59 anos que mantinha 18 pássaros silvestres em cativeiro, na Rua 7 de Vicente Pires. Os animais, canários-da-terra, eram criados pelo proprietário sem a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Em interrogatório, o homem confessou a prática ilícita e disse que havia retirado a grande maioria deles da natureza. Ele ainda relatou que havia adquirido, de um conhecido, um casal de canários da terra, peruanos, que era utilizado em rinhas de aves. “O homem negou que participasse de rinhas, porém afirmou que mantinha os pássaros silvestres em cativeiro para apreciar o canto deles”, destaca o chefe da delegacia de Vicente Pires, João Ataliba Neto.
O homem foi autuado em flagrante por crime ambiental, acusado de manter em cativeiro espécies da fauna silvestre. Ele fica sujeito a pena de seis meses a um ano de prisão por cada canário engaiolado.
Como o envolvido estava em poder de 18 canários, a pena do homem pode alcançar os 18 anos de prisão. Após os procedimentos legais, o autor foi encaminhado à carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), onde permanecerá à disposição da Justiça.
Operação contra maus tratos
Também nesta quinta-feira (28/5), foi deflagrada uma operação para apurar 25 denúncias de maus-tratos a animais, em endereços de Vicente Pires, Colônias Agrícolas Samambaia e 26 de Setembro.
Em alguns locais, os policiais verificaram que os animais não apresentavam sinais de maus-tratos, porém estavam sendo criados em condições inapropriadas, ficando muito tempo presos. “Nesses casos, os tutores foram orientados a se adequarem à legislação, sob pena de serem autuados em flagrante pelo crime de maus tratos em futura fiscalização”, explica o delegado João Ataliba Neto.
Durante a operação, foram encontrados diversos tipos de animais sendo criados de acordo com as normas legais, destacando-se uma arara-azul, papagaios, um peru, marrecos, galinhas e galinhas d´Angola.
Em uma das denúncias, a corporação verificou que um cachorro constava uma grave lesão no quadril. Os tutores do animal afirmaram que ele estava sob tratamento médico-veterinário, por conta de uma doença incurável.
Para verificar a real situação do animal, os policiais pediram auxílio a uma colaboradora e responsável pelo projeto São Francisco, que se prontificou a levar o animal para uma consulta veterinária, como também auxiliar os donos com o tratamento.