Polícia prende grupo criminoso que furtava roupas em SP, GO e MS para revender no DF
As informações são de que a organização criminosa funcionaria há 5 anos
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou uma organização criminosa formada por ao menos quatro mulheres e três homens, que viajavam para as capitais e cidades do interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, para furtar roupas em grandes lojas de departamentos. A quadrilha foi desmantelada durante operação policial iniciada na última sexta-feira (5). Batizada por Operação Desfaçatez, a ação policial é comandada pela 8ª DP.
Durante a operação, a polícia prendeu, em flagrante, a da líder da organização; além de outra mulher e um homem. Uma outra autora conseguiu fugir.
Na ocasião, também foram apreendidas cerca de 520 peças de roupas avaliadas em torno de R$50 mil, roubadas nas últimas viagens da organização para as cidades de São Paulo, Araraquara, Ribeirão Preto e São José
do Rio Preto, no estado de SP.
No sábado (6), a polícia prendeu a receptadora da maior parte das peças de roupas furtadas, que é proprietária de uma loja na Estrutural, no DF.
Nessa loja, foram apreendidas mais 125 peças de roupas, avaliadas por volta de R$8 a R$10 mil. De acordo com essa receptadora, ela comprava as peças de roupas da líder da organização criminosa há pelo menos dois anos. Segundo a mulher, os autores realizavam viagens quase que semanais para cometer os furtos.
As negociações eram realizadas na residência da líder da organização e o pagamento era via PIX, em transações financeiras que giravam entre 8 e 10 mil reais por semana. Na residência da líder da organização eram retirados os alarmes das peças de roupas com um aparelho próprio para esse fim e removidas a maioria das etiquetas.
No período de 7 de fevereiro de 2023 e 5 de janeiro de 2024, a proprietária da loja na Estrutural realizou 90 transferências totalizando a quantia de R$221.767,00 para a organização criminosa. Levando-se em consideração que a comerciante pagava de 20 a 30% do valor da peça, é estimado que nesse período os furtos possam ter causado um prejuízo entre 1 e 1.5 milhão de reais para as lojas.
As informações são de que a organização criminosa funcionaria há 5 anos, o que pode elevar muito esses valores.
Os três presos em flagrante responderão por furto duplamente qualificado e organização criminosa, com penas que podem atingir 16 anos de prisão. A proprietária da loja responderá por receptação, cuja pena pode chegar a 4 anos.