Polícia investiga grupo especializado em roubo e receptação de caminhonetes no DF
Agentes da PCDF cumpriram sete mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão
Na manhã desta terça-feira (28/6), policiais civis da Divisão de Roubos e Furtos de Veículo (DRFV) deflagraram a Operação Rodeio, para cumprir sete mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma associação criminosa especializada em crimes de roubo e receptação de veículos no DF.
As investigações demonstraram que o grupo tinha preferência por veículos do tipo caminhonete, de fabricação recente, que eram adulteradas e comercializadas por valores até dez vezes menores do que os valores de mercado.
Três dos investigados eram responsáveis pelas execuções dos assaltos, enquanto os demais integrantes eram encarregados de conferir, ao veículo roubado, aparência de legalidade, promovendo as adulterações dos sinais identificadores para comercialização.
Os assaltantes tinham preferência por vítimas do sexo feminino, sobretudo aquelas que estavam sozinhas, as quais eram seguidas e abordadas por um indivíduo armado, enquanto um comparsa dava apoio na execução do delito em um carro de apoio.
Os policiais comprovaram, ainda, que a atividade criminosa precisava que todos os integrantes atuassem, em conjunto e de forma ininterrupta, para que o comércio dos veículos fosse feito de modo rápido para minimizar a atuação repressiva da polícia, circunstância que verificada em conversas que os criminosos realizavam diariamente.
“Dessa forma, tão logo o carro era roubado, os investigados tiravam fotos e gravavam vídeos para que o bem fosse ofertado aos receptadores. Além disso, quando não tinham disponíveis veículos subtraídos pelos seus próprios integrantes, o grupo negociava carros que eram produto de receptação de veículos roubados por terceiros”, esclarece o coordenador da Corpatri, delegado André Luís Leite.
Por fim, apurou-se que os investigados, todos homens com idades entre 27 e 42 anos, praticaram pelo menos 13 crimes patrimoniais— seis roubos de veículos e sete receptações — e, diante da constante ameaça à ordem pública, tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça.
“Todos os presos possuem diversos antecedentes criminais e três deles se encontravam em regime de prisão domiciliar e agora responderão pelos crimes de roubo de veículo, receptação, adulteração de sinais identificadores e associação criminosa, podendo cumprir penas privativas de liberdade que superam 20 anos de reclusão”, finaliza o delegado André Luís Leite.