Polícia investiga esquema fraudulento nas creches do DF; organização recebeu mais de R$ 50 mi do GDF – Mais Brasília
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Polícia investiga esquema fraudulento nas creches do DF; organização recebeu mais de R$ 50 mi do GDF

Entre os anos de 2014 e 2023, o GDF repassou mais de R$ 50 milhões a esta organização suspeita

Foto: Divulgação/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (28), a uma operação para investir um esquema fraudulento na gestão de creches do DF.

Um grupo criminoso, responsável pela administração de cinco creches no Distrito Federal, fraudou e superfaturou contratos com o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio de convênios com a Secretaria de Estado de Educação do DF— SEEDF. Entre os anos de 2014 e 2023, o GDF repassou mais de R$ 50 milhões a esta organização suspeita.

Segundo a polícia, foi criada uma empresa de fachada, em nome de parente dos gestores das creches, para emitir notas fiscais fraudulentas, que justificassem a compra de produtos e a contratação de serviços, superfaturados ou não realizados, permitindo que os criminosos desviassem o dinheiro enviado pela SEEDF, destinado ao atendimento a crianças. Caso condenados, os suspeitos podem pegar até dez anos de prisão.

Batizada como Operação Primeira Infância, as ações policiais desta quarta (28) cumprem seis mandados de busca e apreensão. As medidas estão sendo cumpridas no Distrito Federal, nas regiões de Taguatinga, São Sebastião e Núcleo Bandeirante, abrangendo a sede de uma Organização da Sociedade Civil (OSC) e residências dos investigados. A polícia investiga a associação suspeita desde 2022.

Mandados judiciais
As buscas têm como objetivo a coleta de elementos probatórios para a conclusão do inquérito policial em andamento, para comprovar a participação de cada integrante do grupo criminoso e identificar outros envolvidos, além da apreensão de bens e valores para ressarcimento dos cofres públicos.

Os suspeitos estão sendo investigados pela possível prática de crimes de associação criminosa e estelionato contra a administração pública.