Polícia investiga esquema de “rachadinha” no GDF
De acordo com a delegacia, há indícios que cerca de oito pessoas foram indicadas por ele para ocuparem cargos comissionados
Na manhã desta quarta-feira (3), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma operação para investigar um servidor comissionado do Governo do Distrito Federal (GDF), suspeito pela prática de rachadinha.
Segundo as investigações, Celso Francisco de Assis, assessor especial no gabinete do vice-governador em 2019, e também assessor na Secretaria Executiva das Cidades, em 2022, indicava pessoas para outros cargos comissionados, mediante repasse de parte dos salários dessas pessoas para ele.
Batida por Meridio, a operação foi coordenada Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR/DECOR) e contou com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (PRODEP). Conforme a polícia, as investigações iniciaram-se teve no final de 2022.
De acordo com a delegacia, há indícios que cerca de oito pessoas foram indicadas por ele para ocuparem cargos comissionados. Entre elas, o filho e a empregada doméstica dele.
Segundo apurado, essas pessoas não compareciam aos órgãos para onde foram nomeadas, possivelmente tratando-se de “funcionários fantasmas”. A polícia afirma que as demais pessoas nomeadas compareciam aos locais de trabalho; porém recebiam desse investigado instruções expressas para não cumprirem integralmente suas jornadas.
Ainda segundo a PCDF, alguns compareciam ao órgão apenas uma vez por mês, somente para assinar sua folha de ponto, como é o caso do próprio investigado. Como forma de ocultar a origem ilícita do repasse de parte dos salários dos demais investigados, o principal investigado recebia os valores por intermédio de uma conta bancária de uma empresa em nome de terceiros, mas que na realidade, o dono era ele.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, nas regiões do Plano Piloto, Recanto das Emas e Santa Maria, abrangendo as residências dos investigados, a empresa utilizada para movimentação dos valores ilícitos e órgãos nos quais os investigados supostamente trabalham.