Polícia do DF mira associação criminosa que usava fotos de políticos para extorquir vítimas

Os investigados serão autuados por associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato qualificado e lavagem de capitais

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5), uma operação contra um grupo criminoso acusado de usar fotos de ministros e de presidentes de partidos para aplicar golpes. Segundo a polícia, a sede da organização criminosa está localizada no Estado de Pernambuco e os crimes de estelionato eram praticados por meio de fraude eletrônica.

Os golpistas criaram falsos perfis em aplicativos de mensagens (whatsapp), colocando fotos de diversos políticos do alto escalão do Poder Executivo, como ministros de estado e presidentes de partidos políticos. Com isso, os criminosos conseguiam convencer as vítimas, em sua maioria, representantes de órgãos do governo ligados à pasta ministerial, a transferir dinheiro para eles. Ao receberem as quantias, eles depositavam este dinheiro em outras contas, para ocultar o golpe.

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois deles na cidade de Jaboatão dos Guararapes e o terceiro na cidade de Paulista, localizadas na região pernambucana.

Ainda segundo a polícia, os criminosos agiram a partir de uma central de distribuição de sinal de internet clandestina, localizada em uma comunidade/favela no bairro de Piedade que fica em Jaboatão dos Guararapes. Esta central de distribuição de sinal clandestino foi utilizada para criar perfis falsos de vários ministros de estado do governo passado e do atual governo.

Na operação, ainda foram apreendidos diversos equipamentos de informática ligados à essa central de distribuição de sinal de internet clandestina. Todo o material será periciado pelo Instituto de Criminalística da PCDF, para dar suporte às investigações.

Durante as buscas, o principal suspeito da investigação, que estava comunidade/favela localizada em Piedade, percebeu a presença dos policiais e conseguiu fugir. Os investigados serão autuados por associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato qualificado e lavagem de capitais. Caso sejam condenados, podem pegar até 22 anos na prisão.

Batizada por Operação Shark Attack, que significa ataque de tubarão, as ações foram coordenadas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e pela 5ª Delegacia de Polícia e contaram com outros 12 policiais civis da Delegacia de Crimes Cibernéticos de Pernambuco.

 

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