Polícia desarticula grupo responsável por vender ‘purple drink’ no DF

Grupo misturava um medicamento para produzir a bebida, que era vendida na internet

A Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) desarticulou, nesta terça-feira (31/8), uma organização criminosa responsável pelo desvio de receitas médicas para aquisição de medicamentos de uso controlado e produção de uma bebida conhecida como “purple drink” (bebida roxa, em tradução livre), vendida em plataformas de e-commerce e redes sociais.

Os investigadores identificaram que o grupo publicava na internet atestados e receitas médicas para todos os tipos de medicamentos, além de desviar os receituários, falsificar carimbos médicos e prescrever medicamentos de uso controlado.

De acordo com o delegado e coordenador da Cord, Rogério Oliveira, os criminosos compareciam em diversas farmácias do Distrito Federal e adquiriam uma medicação utilizada para produzir a bebida.

O delegado ressalta, ainda que, para produzir o “purple drink”, mistura-se o medicamento com refrigerante, bebida alcoólica e balas de goma. O aspecto brilhante de cor roxa e o sabor adocicado da bebida têm encontrado cada vez mais adeptos entre os jovens.

Vida de luxo

Nas redes sociais, os criminosos demonstravam que levavam uma vida de alto padrão e não tinham receio de se expor, pois publicavam vídeos e fotos com grandes quantias de dinheiro, realizando diversas viagens. Em várias delas, os envolvidos filmavam os medicamentos que eram comercializados, bem como diversas drogas que também eram vendidas.

“Em postagens nas mídias sociais, o grupo gabava-se, inclusive, de ter acabado com o estoque de uma farmácia desta capital”, conta o delegado Rogério de Oliveira. A investigação identificou 88 frascos adquiridos pelo grupo nos últimos seis meses.

Com a intenção de não serem localizados e presos, os policiais da Cord descobriram que os criminosos moravam em hotéis de luxo, no centro de Brasília, onde permaneciam por temporadas.

Prisão

Dois suspeitos do grupo foram presos nessa terça-feira (31/8), após cumprimento a mandado de busca e apreensão, em Ceilândia Norte. Contra eles, havia mandado de prisão temporária expedido pela 5ª Vara da Fazenda Pública do DF. O terceiro membro foi preso na última segunda-feira (29/8), durante abordagem de rotina realizada pela Polícia Civil goiana.

Todos os envolvidos irão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e falsificação de documento.

 

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