Polícia deflagra operação contra acusados em plano para explodir bomba em aeroporto de Brasília
Allan Diego dos Santos Rodriguesse entregou à polícia no dia 17 de janeiro e confirmou que colocou a bomba no caminhão-tanque. Wellington continua foragido
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Decor), com o apoio da Polícia Civil do Estado do Pará, deflagrou, na manhã desta sexta-feira (14), a Operação Artificium, contra suspeitos no envolvimento do atentado terrorista que pretendia explodir uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.
O crime aconteceu no dia 24 de dezembro de 2022, quando os suspeitos colocaram um artefato explosivo em um caminhão-tanque estacionado nas proximidades do aeroporto.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Redenção, São Félix do Xingu, Marabá e Xinguara, todas no Estado do Pará, visando recolher documentos, aparelhos celulares, computadores e outros equipamentos eletrônicos vinculados aos suspeitos.
A ação, que contou com a participação de 30 policiais civis, é resultado de diligências que se iniciaram a partir da prisão em flagrante de George Washington de Oliveira Sousa, que confessou ter sido responsável pela montagem do equipamento explosivo.
Com o aprofundamento das investigações os policiais da Draco chegaram a mais dois suspeitos que teriam participado da ação: Allan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, cujas prisões foram decretadas.
Allan Diego dos Santos Rodriguesse entregou à polícia no dia 17 de janeiro e confirmou que colocou a bomba no caminhão-tanque. Wellington continua foragido.
Ainda segundo as investigações, dias antes do crime ser cometido, comunicação entre George Washington, Allan e outros investigados sobre compra e transporte de explosivos do Pará para o Distrito Federal, e também constatou-se a existência de transferências de valores para custear tais aquisições.
Caso seja comprovado o envolvimento dos demais investigados, estes poderão responder pelos crimes de incêndio, explosão e organização ou associação criminosa, com penas que, somadas, chegam a 24 anos de prisão.
A PCDF concluiu o inquérito policial com o indiciamento destes dois acusados, que já são réus em ação penal. Porém, foi aberta nova investigação para verificar a participação de mais pessoas no crime.