Polícia de MG prende PM do DF por suspeita de envolvimento com PCC
Soldado de segunda classe estaria trabalhando a mando da facção, segundo as autoridades
Investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Unaí, culminou na prisão de um policial militar do Distrito Federal (DF). O PM Wadison Fernandes de Souza é suspeito de ligação com o Primeiro Comando Capital (PCC), organização criminosa que comanda vários presídios no Brasil, além de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
A informação foi divulgada pelo Correio Braziliense. Wadison, que também é advogado, teria entrado na Polícia Militar do DF em 2022. Neste momento, ele é soldado de segunda classe.
As investigações começaram pela suspeita de que ele estaria trabalhando a mando da facção. As diligências apontaram, entre outras coisas, que o PM possuía vários carros de luxo no nome dele. Estes, conforme as autoridades, eram frutos de lavagem de dinheiro para o crime organizado.
Há duas semanas, então, a PCMG entrou em contato com a Corregedoria da PMDF para prender o soldado. O Mais Goiás procurou a assessoria da Polícia Militar para comentar o caso. Segundo a corporação, “não foi constatado nada que impedisse o ingresso do referido policial na PMDF”.
Além disso, reforçou que o mandado de prisão foi cumprido pela Corregedoria da PMDF e que não “coaduna com quaisquer desvios de conduta por parte de seus integrantes e que, diante dos fatos, o processo de exclusão do policial foi iniciado”.
O portal não conseguiu localizar a defesa de Wadison. O espaço segue aberto, caso seja interesse.
Confira a nota da PMDF na íntegra:
“A Polícia Militar do Distrito Federal informa que os processos seletivos para ingresso na Corporação seguem editais elaborados de acordo com os ditames constitucionais e a legislação vigente, inclusive no que diz respeito às fases de investigação da vida pregressa dos candidatos. Neste processo, não foi constatado nada que impedisse o ingresso do referido policial na PMDF.
Investigação conduzida pela Polícia Civil de Unaí-MG, que investigava a participação do policial por tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico, contou com o auxílio da Corregedoria da PMDF.
O mandado foi cumprido pela Corregedoria da PMDF.
Por fim, a PMDF esclarece que não coaduna com quaisquer desvios de conduta por parte de seus integrantes e que, diante dos fatos, o processo de exclusão do policial foi iniciado.”
Por Francisco Costa, do Mais Goiás