Polícia conclui inquérito sobre atropelamento de advogada após briga de trânsito no Lago Sul – Mais Brasília
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Polícia conclui inquérito sobre atropelamento de advogada após briga de trânsito no Lago Sul

Nessa segunda-feira (30/8), a equipe médica que cuida da advogada decidiu retirar a sedação da paciente

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Imagem ilustrativa. Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu, nesta terça-feira (31/8), o inquérito sobre o atropelamento da advogada e servidora pública, Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, de 40 anos, na QI 19 do Lago Sul.

Nessa segunda-feira (30/8), a equipe médica que cuida da advogada decidiu retirar a sedação da paciente.

Tatiana está internada desde quarta-feira (25/8), quando foi atropelada pelo também advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem após uma briga de trânsito.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), após ser atingida, a vítima foi levada para o Hospital Brasília, inconsciente, com traumatismo craniano, suspeita de lesão na coluna e fratura no tornozelo esquerdo. O estado dela ainda é grave.

Tatiana se desentendeu com o motorista na QI 15 e foi perseguida até em casa, onde ocorreu o atropelamento.

Na entrada da residência, a vítima, ao sair de seu carro, foi atingida pelo veículo do suspeito. O filho dela presenciou tudo.

No mesmo dia, Paulo Ricardo foi preso em flagrante. Depois, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) converteu a prisão dele em preventiva. Ele foi autuado pela prática do crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil.

A decisão da juíza foi tomada durante audiência de custódia realizada na quinta-feira (26/8). A magistrada observou que a prisão em flagrante traz a prova da existência do crime e indícios suficientes da autoria. Segundo ela, “as provas revelam gravidade concreta, ou seja, gravidade que extrapola os elementos básicos do tipo penal”.

Para a juíza, as circunstâncias indicam a periculosidade do suspeito e que a liberdade dele pode afetar a ordem pública. A magistrada explicou ainda que a infração penal atribuída ao motorista é dolosa, ou seja, quando há a intenção de praticar o ato. A pena máxima é superior a quatro anos de prisão

O inquérito policial será encaminhado para o Tribunal do Júri de Brasília, onde vai tramitar o processo.

OAB/DF se posiciona sobre o caso

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal destacou que o atropelamento chocou a sociedade e a advocacia, pela brutalidade, pela motivação e pelo fato de ser um advogado o autor do crime, flagrado pelas autoridades.

A Ordem se colocou, ainda, à disposição da vítima e de sua família e desejou pronta recuperação.

Veja o vídeo do momento exato do atropelamento.