Polícia Civil prende grupo suspeito de aplicar golpes em professores no DF
Golpistas se passavam por servidores do Sindicato dos Professores. Prejuízo pode chegar a R$ 4 milhões
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na última semana, a primeira fase da Operação Meteoro, que resultou na prisão de três homens suspeitos de integrar uma organização criminosa de Maracanaú (CE). O grupo é responsável por aplicar golpes contra professores da capital.
As investigações da 23ª DP (P Sul) foram iniciadas no fim de 2021, quando uma professora procurou a delegacia após ter recebido chamadas telefônicas do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro). Os supostos servidores informaram sobre a liberação de um precatório e afirmaram que a vítima deveria entrar em contato com um telefone que seria no Núcleo de Precatórios do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
A mulher foi orientada pelos criminosos a fazer depósitos em contas bancárias para o recebimento do precatório, que nunca foi liberado. Após o registro da ocorrência, outros professores foram vítimas da associação estabelecida no Ceará.
Depois de 15 dias de investigação foram identificadas cerca de 400 ligações realizadas pelos envolvidos, que renderam aproximadamente R$ 150 mil. De acordo com os policiais, os crimes eram cometidos por meio de uma espécie de central telefônica.
Durante a operação, os agentes apreenderam quatro notebooks, 13 celulares, cartões bancários, além de chips de telefones. Os indivíduos, autuados em Maracanaú, já foram recambiados ao Distrito Federal, local onde cumprem prisão preventiva. Também foram identificadas ocorrências policiais sobre o fato, desde o início do ano passado. O prejuízo total pode chegar a R$ 4 milhões.
Segundo os agentes, as apurações prosseguem com a análise dos bens apreendidos e medidas cautelares ainda em curso para identificar os demais integrantes da organização.