Polícia Civil do DF investiga ação da PRF em acidente que matou motociclista em Brazlândia
O caso aconteceu em Brazlândia, no dia 16 de julho deste ano, por volta de 18h, na rodovia BR-080, altura do Km 8,5
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, na manhã desta terça-feira (17), mandados de busca e apreensão em um depósito localizada no setor industrial de Ceilândia, no DF, local em que são guardados veículos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas rodovias BR-060, BR-070 e BR-080.
O objetivo da PCDF é investigar as circunstâncias de um acidente em que um motociclista morreu e os agentes da PRF não acionaram a PCDF. O caso aconteceu em Brazlândia, no dia 16 de julho deste ano, por volta de 18h, na rodovia BR-080, altura do Km 8,5, quando um veículo invadiu a pista contrária e atingiu uma motocicleta.
O motociclista sofreu lesões graves e foi levado pelos bombeiros para o Hospital Regional de Brazlândia, mas faleceu no dia 19 de julho de 2023. A esposa do motociclista prestou declarações e informou que apenas tomou conhecimento do acidente através de uma rede social de notícias, que trazia o post de um acidente com motocicleta no trajeto feito pelo marido.
No local do acidente, o condutor do veículo, entrevistado pelos policiais rodoviários federais, disse que havia ingerido bebida alcoólica e que “o álcool pode ter causado erro de cálculo na ultrapassagem”.
Porém, o motorista não foi conduzido pela PRF à 18ª Delegacia de Polícia. Os policiais rodoviários federais também não preservaram o local do acidente para a perícia criminal, tampouco apresentaram os veículos para apreensão na delegacia de polícia, limitando-se a confeccionar boletim de acidente automobilístico e laudo de perícia administrativa.
Ainda de acordo com a investigação, o laudo de perícia administrativa limita-se à colheita de dados estatísticos de violência no trânsito e não substitui ou se sobrepõe ao necessário laudo de perícia criminal, que deve ser confeccionado por perito criminal oficial e tem como objetivo apurar a autoria e materialidade de crimes.
Apurou-se, também, que a PRF não tomou as providências legais em outros quatro casos de violência no trânsito em Brazlândia.