Polícia apura ligação de Lázaro com empresários, fazendeiros e políticos
Do Mais Brasília

Polícia apura envolvimento de Lázaro com empresários, fazendeiros e políticos

Segundo a delegada-adjunta da Delegacia de Homicídios, Rafaela Azzi, criminoso fazia parte de uma organização criminosa com pessoas importantes

Policiais que investigam o caso de Lázaro Barbosa, 32 anos, acreditam que o autor da chacina em Ceilândia não agiu sozinho. Em entrevista ao Fantástico, a delegada-adjunta da Delegacia de Homicídios, Rafaela Azzi, disse que ele fazia parte de uma organização criminosa.

“Nessa organização criminosa, a gente já levantou que pessoas importantes participam dela. Nós temos empresários, fazendeiros, políticos”, afirmou a delegada.

Um dos suspeitos envolvido com o criminoso é o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos. As investigações apontam que o homem teria acobertado e dado apoio a Lázaro durante a fuga que durou 20 dias, em Goiás. A polícia encontrou mensagens no celular do fazendeiro que aponta que Barbosa usava a fazenda para se esconder das forças de segurança. “Ele está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”, alegou Elmi na gravação.

“Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, explica Rafaela Azzi.

A polícia também está investigando se a viúva de Lázaro, Ellen Vieira, e a ex-mulher dele, Luana Cristina, teriam ajudado o criminoso a fugir durante a operação.

Outro lado

Ao Mais Brasília, a defesa de Elmi Caetano, Ilvan Barbosa rechaça a tese de especulação imobiliária de que o fazendeiro seria, segundo o que diz a polícia, o principal mandante. “A polícia fala o que quer né. Mas quem tem que dizer é o poder judiciário”.

“Acredito que Elmi sabia que Lázaro estava lá na fazenda. Mas não existe nada no inquérito da polícia que incrimine meu cliente. Acho que ele deixou Lázaro ficar na fazenda porque foi namorado da mãe dele”, afirmou o advogado.