Penúltima laje do Viaduto do Riacho Fundo começa a ser construída

A obra viária, com investimento de R$ 22,3 milhões, vai beneficiar quase 100 mil motoristas diariamente

‌Quem passou pela EPNB, nesta sexta-feira (19), esperando ver grandes estruturas de concreto sendo erguidas no ar vai se espantar – o Viaduto do Riacho Fundo não ficará suspenso. A obra viária será formada por duas passagens subterrâneas que atenderão os dois sentidos da estrada. As pistas entrincheiradas terão o formato semelhante ao de uma ferradura, cada uma com 200 m de comprimento.

‌A técnica usada na construção do viaduto é a mesma empregada na obra do Túnel de Taguatinga, como explica a engenheira do DER Sandra Martins.

“Trabalhamos com a escavação invertida, método em que a passagem subterrânea é aberta só depois que a estrutura de contenção estiver pronta”, detalha. “Estamos demolindo o asfalto justamente para construir mais um pedaço da laje superior.”

‌O trecho da EPNB que está interditado tem aproximadamente 12 m de extensão e fica nas proximidades do balão do Riacho Fundo, sentido Plano Piloto.

“Enquanto estivermos trabalhando no local, o trânsito ficará desviado para a pista ao lado, onde, no futuro, passará apenas o BRT”, afirma Sandra. “Concluída essa etapa, passaremos para o lado oposto da via, onde vamos concretar o último trecho da laje.”

‌A EPNB é uma das vias mais movimentadas do Distrito Federal. Além de dar acesso à BR-060, rodovia muito usada por quem vai para Goiânia (GO), a estrada liga Samambaia, Recanto das Emas, Taguatinga, Águas Claras, Riacho Fundo, Riacho Fundo II e Núcleo Bandeirante ao Plano Piloto. Estima-se que quase 100 mil motoristas serão beneficiados com a construção do viaduto, obra que gera cerca de 50 empregos diretos.

‌Morador do Riacho Fundo há 30 anos, o arquiteto Hélio Ferreira está ansioso para ver o viaduto concluído. O aposentado de 73 anos garante que os transtornos provocados pela construção são mínimos se comparados às melhorias que o viaduto trará para a região.

“Quando cheguei aqui, quase não tinha movimento por essas pistas – era um carro subindo pela manhã e outro pela noite”, recorda Hélio. “O trânsito foi ficando muito intenso com o passar dos anos. E agora, mais do que nunca, o viaduto será necessário para melhorar o fluxo de veículos na estrada.”

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