PCDF prende integrantes de grupo que praticava o “golpe do motoboy” no país
Faturamento da organização criminosa foi de quase R$ 14 milhões somente em 2020
Quatro homens foram presos e 93 carros de luxo apreendidos em uma operação realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã dessa quinta-feira (2/9). O grupo é suspeito de integrar uma organização criminosa que pratica crimes de estelionato e lavagem de dinheiro, conhecido como “Golpe do Motoboy” em todo o território nacional.
Na primeira fase da operação, batizada Lothur e deflagrada em 2018, foram indiciados 12 membros desse grupo criminoso que executava os golpes em Brasília.
A investigação continuou e a PCDF identificou que o grupo criminoso coordenava a ação dos estelionatários do DF, assim como em diversos outros espalhados por todo o País. Esse mesmo grupo mantinha base na cidade de São Paulo e era, também, o responsável pela central telefônica que fazia as falsas chamadas para as vítimas.
Com a movimentação, o grupo mudou de negócio, partiu de um pequeno lava-jato na capital paulista, para uma rede de lojas de carros de luxo com faturamento de quase R$ 14 milhões somente em 2020.
Entre os carros apreendidos na operação estão veículos como Porsche, Mercedes-Benz e BMW, avaliados em R$ 18 milhões, além de imóveis dos investigados. Durante as buscas, foram apreendidos também R$ 580 mil, em espécie, artigos de luxo e outros objetos destinados à prova das práticas criminosas, entre os quais centenas de cartões bancários e chips de aparelhos de telefonia móvel.
A megaoperação envolveu cerca de 130 policiais civis e ocorreu de forma simultânea no DF, São Paulo, Guarujá e São Caetano (SP). Todos os envolvidos foram trazidos para a capital.
O golpe
O “Golpe do motoboy” consiste na prática de que os criminosos se passam por funcionários de instituições bancárias e informam supostas fraudes nos cartões das vítimas, a maioria dela, pessoas idosas.
Após conquistarem a confiança das vítimas, os estelionatários oferecem um serviço de motoboy para buscar nas residências os cartões supostamente clonados, para, a partir daí, de posse desses cartões, realizar retiradas das contas e efetuar compras em grandes atacadistas.