PCDF prende foragido da justiça por associação criminosa e estelionato durante show
O fato aconteceu no Setor de Clubes Sul
Quatro delegados e dois agentes da PCDF, que estavam de folga, prenderam um foragido da justiça por estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa nesse domingo (17/7).
Os policiais estavam curtindo a folga deles em um show, quando perceberam que uma pessoa próxima a eles se tratava de um foragido da justiça.
O fato aconteceu no Setor de Clubes Sul, em Brasília.
Isso porque, segundo a polícia, um dos delegados, enquanto estava lotado na 13ª DP, foi o autor do pedido de prisão desse cidadão que foi reconhecido.
Ao realizar consulta nos sistemas da PCDF, confirmaram que o homem de 23 anos estava com mandado de prisão preventiva em aberto, por estelionato, lavagem de capitais e associação criminosa.
O foragido estava aproveitando o evento com sua namorada e amigos, com elevado consumo de whisky e cerveja.
Ainda segundo a polícia, no momento em que ele se afastou do grupo, os delegados foram até ele para realizar a captura e cumprir o mandado de prisão.
Logo em seguida, o preso foi conduzido até a 1ª DP, para cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Criminal de Sobradinho.
Relembre o caso:
Três homens e um adolescente, integraram, pessoalmente, associação criminosa voltada para a prática de crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.
Com o fim de obter vantagem ilícita de número indeterminado de pessoas, ao longo do ano de 2020, os investigados coletaram e copiaram anúncios de venda de veículos em redes sociais e de sítios da internet de outras empresas, e os publicaram novamente, com preços mais baixos do que o do mercado, atraindo um grande número de interessados na compra desses veículos, inclusive de outras unidades da federação.
As pessoas interessadas entravam em contato e, após negociação, faziam o pagamento de um sinal (entrada) para o fechamento do acordo, através de depósitos e/ou transferências de valores para contas bancárias indicadas pelos golpistas.
Em alguns casos, durante a transação fraudulenta, os autores informaram às vítimas sobre a necessidade de uma suposta atualização cadastral junto à pretensa instituição financeira, ocasião em que instituíram “taxas’ fictícias e induziram as vítimas a realizar pagamentos de até R$ 2 mil para a suposta “aprovação cadastral”.
Todavia, após o pagamento do sinal (entrada) e das “taxas”, as vítimas não recebiam o veículo e os golpistas desapareciam.
Foi constatado que, valendo-se de técnicas de engenharia social, atuaram diretamente na implementação da fraude necessária à obtenção da vantagem ilícita, mantendo contato com as vítimas e ardilosamente as induzindo em erro, fazendo-as depositar valores em contas bancárias de membros do grupo.
Foram identificadas e ouvidas ao menos oito vítimas, as quais tiveram prejuízos que superaram o valor de R$ 10 mil.
Ao final da investigação, a PCDF indiciou os autores pelos crimes de estelionato, lavagem de capitais e associação criminosa majorada pela participação de adolescente.
A PCDF também representou pela prisão preventiva do líder do bando, a qual foi deferida pela Vara Criminal de Sobradinho-DF.
O autor, contudo, não foi localizado à época e era considerado foragido.