PCDF faz operação contra grupo suspeito de furtar contas bancárias
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Taguatinga e Águas Claras
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nessa quinta-feira (8/12), a Operação Deep Fake para combater um grupo criminoso que acessou ilegalmente contas bancárias de vítimas residentes em diversas unidades da Federação. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Taguatinga e Águas Claras.
De acordo com as investigações, a partir de abril de 2022, a quadrilha especializada na prática de crimes patrimoniais cometidos no ambiente da rede mundial de computadores enviou links com programas maliciosos para capturar dados sensíveis de correntistas e viabilizar a realização de transações bancárias indevidas. Os envios dos links se deram por meio de mensagem de texto.
Com a utilização de tecnologia de inteligência artificial, os investigados alteraram os cadastros de diversos clientes de instituições bancárias e realizaram transações fraudulentas que, somadas, alcançaram a quantia de R$ 338.244,34. O grupo alvo da operação chegou a movimentar mais de R$ 8 milhões em atividades suspeitas.
Os valores obtidos com o crime foram distribuídos para diversas empresas que atuam especialmente no ramo de alimentos e de distribuição de bebidas, sediadas no Distrito Federal e em outros estados, em atividade típica de lavagem de dinheiro.
As investigações continuam e há indícios de que o grupo cometeu os mesmos delitos contra muitas outras vítimas. Os criminosos poderão ser condenados a mais de 20 anos de reclusão pelos crimes de associação criminosa, estelionato virtual e lavagem de dinheiro.
O que é Deep Fake?
É uma modalidade de inteligência artificial utilizada para estabelecer algoritmos que são capazes de reconhecer padrões, tendo como base um banco de dados. Pode ser utilizado para substituir rostos em vídeos e imagens, podendo, inclusive, imitar a voz, produzir selfies em tempo real, fazendo que uma pessoa se passe por outra.