PCDF faz operação contra grupo que produzia documentos falsos para emissão de vistos
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Guarulhos (SP), sendo um deles em uma agência de turismo e o outro em residência
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (8/6), a Operação Medius, para desarticular grupo criminoso que produzia documentos falsos visando à aprovação de vistos em serviços consulares de diversos países.
A ação contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP). Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na região de Guarulhos (SP), sendo um deles em uma agência de turismo e o outro em uma residência.
As investigações começaram em maio quando embaixadas e consulados no Distrito Federal denunciaram o uso de documentos falsos para requerer vistos de entrada e permanência em territórios estrangeiros. Na ocasião, oito pessoas foram autuadas pela prática.
Os policiais apuraram, ainda, que todos os suspeitos tinham contratado o serviço de uma agência de turismo em São Paulo, pelo preço médio de R$ 30 mil. A empresa auxiliava os envolvidos no preenchimento dos formulários, agendamento dos vistos e fornecimento de documentos falsos, tais como comprovante de vínculo empregatício, declarações de imposto de renda, extratos bancários e escritura de imóveis.
“Estima-se a participação de pelo menos quatro integrantes neste grupo que agiam, desde 2018, fornecendo documentos falsos para moradores de vários estados da federação”, destaca o coordenador da Corf, delegado Wisllei Salomão.
As pessoas que apresentaram documentos falsos irão responder pelo crime de uso de documento falso (pena de 1 a 6 anos) e os integrantes do grupo criminoso podem ser responsabilizados pelos crimes de falsificação de documentos (1 a 6 anos) e associação criminosa (1 a 3 anos).
“As investigações prosseguem em ação conjunta com as embaixadas localizadas no Distrito Federal. Além da responsabilização criminal, os vistos já concedidos poderão ser cancelados e as pessoas obrigadas a retornarem para o Brasil”, finaliza o delegado.