PCDF desarticula grupo criminoso que abastecia Brasília com drogas
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em endereços das regiões administrativas de Ceilândia, Samambaia, 26 de Setembro, Taguatinga, São Sebastião e Setor Comercial Sul
Nesta sexta-feira (3/3), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Caminho das Pedras para desmantelar uma associação criminosa de traficantes responsável por abastecer com drogas a região central de Brasília, incluindo áreas do Setor Comercial Sul, Rodoviária do Plano Piloto e adjacências do Centro de Convenções.
A operação contou com a ação de 70 policiais civis, da Divisão de Operações Especiais e de outras unidades da PCDF, além do DF Legal.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em endereços das regiões administrativas de Ceilândia, Samambaia, 26 de Setembro, Taguatinga, São Sebastião e Setor Comercial Sul.
Segundo a PCDF, a associação criminosa investigada era composta por seis pessoas: dois homens e quatro mulheres. Durante as operações, os agentes identificaram e monitoraram as atividades de um grupo de mulheres; dentre elas, uma mãe e sua filha, que eram responsáveis por abastecer estas áreas do centro de Brasília com “crack” e “cocaína”. A mãe era enfermeira e abandonou a carreira para se dedicar à venda de drogas.
De acordo com as investigações, a líder dessa associação mantinha contato com moradores de rua e flanelinhas de várias áreas do DF, tais como: Rodoviária do Plano Piloto, Setor Comercial Sul, proximidades do Centro de Convenção Ulisses Guimarães, além de outros locais.
Ainda de acordo com o delegado-chefe da 5ªDP, responsável pela investigação, em uma sala do setor Comercial funcionava uma espécie de “escritório do crime”, local que era usado como base de apoio pelos criminosos.
Neste imóvel, as investigadas (mãe e filha) chegaram a participar, por videoconferência, de uma audiência de instrução criminal, onde cooptaram um morador de rua, também alvo da operação. As mulheres coagiram o morador de rua a assumir as drogas apreendidas em uma abordagem ocorrida durante as investigações a fim de livrar as “chefes” da organização de uma possível condenação por tráfico de drogas.
Outra mulher do grupo, além de fornecer drogas no centro de Brasília, mantinha um hotel em frente à Praça do Relógio no centro de Taguatinga, onde ocorria encontros de garotas de programas e clientes. No local também era comercializada drogas, principalmente “crack”, em uma espécie de “venda casada” entre sexo e drogas.
Todos os alvos da operação possuem antecedentes criminais por vários crimes, principalmente por tráfico de drogas. As diligências da operação ainda estão em andamento, até o momento, quatro mulheres foram presas.