PCDF desarticula estelionatários que lucraram R$ 20 milhões com falsas cotas de clube – Mais Brasília
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PCDF desarticula estelionatários que lucraram R$ 20 milhões com falsas cotas de clube

Pelo menos quinze pessoas e sete empresas compõem a organização criminosa e estima-se que elas atuam há mais de 9 anos

Foto: Divulgação/PCDF

Nesta terça-feira (29), A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação HERMES nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu/RJ com como finalidade desarticular grupo criminoso que enganou idosos com a falsa promessa de lucros na revenda de cotas e títulos de um clube de viagens, que funciona há décadas.

Somente no Distrito Federal, foram identificadas pelo menos 8 vítimas, desde 2019, que sofreram um prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Durante as investigações, que perduraram por um ano, foram identificadas outras vítimas de vários estados. O prejuízo, conforme apurado, pode chegar a mais de R$ 20 milhões.

Foram cumpridos 4 mandados de prisões temporárias e 15 de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, bem como em empresas falsas. Pelo menos quinze pessoas e sete empresas compõem a organização criminosa e estima-se que elas atuam há mais de 9 anos.

As vítimas eram atraídas por sites falsos da empresa na internet e contactadas via ligações telefônicas por pessoas que se passavam por funcionários. Estes estelionatários diziam às vítimas que as cotas do clube estavam muito valorizadas, que havia grandes redes de turismo nacionais e internacionais interessadas em adquirir estas cotas. Neste momento, os criminosos ganhavam a confiança dos idosos e ofereciam as tais cotas a eles.

Durante as fraudes, falsas empresas de turismo e do clube de viagens, além de pessoas se passando por empregados de instituições bancárias, enganavam os titulares através da cobrança de altas taxas (averbações, escrituras, câmbio, débitos aéreos e marítimos, translados) como forma de atualizar e transferir as propriedades das cotas.

Os suspeitos também encaminhavam documentos falsos para a residência das vítimas, com o intuito de dar veracidade às falsas alegações. Os integrantes desta organização criminosa, além de usar sites falsos hospedados em outros países, criaram empresas de faixada para tentar encobrir a destinação dos valores transferidos pelas vítimas.

A ação, comandada pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (CORF), contou com o apoio da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

A operação ainda está em andamento, sendo que já foram apreendidos celulares, dispositivos eletrônicos, um veículo BMW, uma motocicleta, uma arma de fogo, munição, dinheiro em espécie. A operação foi denominada Hermes em referência ao Deus grego das viagens.