PCDF deflagra operação contra falsificadores de vistos em consulados em Brasília
Apurou-se que o grupo age no Brasil todo
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagou, por meio do trabalho de investigação da CORF, a Operação Transitus, com objetivo de coibir a ação de um grupo criminoso especializado na fabricação e uso de documentos falsos para obter de vistos em embaixadas e consulados no Distrito Federal.
Ao todo, nesta semana, foram presas 8 pessoas por associação criminosa, falsificação de documentos públicos e extorsão.
A investigação teve início em julho deste ano após a realização de uma prisão em flagrante por uso de documento falso, onde ficou constatado que os integrantes, que moram de Governador Valadares, em MG, atraiam pessoas com a promessa de facilitar a obtenção de vistos em consulados,
Os falsários forneceriam documentação, hospedagem, transporte e orientações de como se proceder em
entrevistas no Distrito Federal. O grupo, inclusive, levava os candidatos até os serviços consulares.
De acordo com as investigações policiais, o grupo criminoso cobrava um valor médio de 15 mil dólares por pessoa, sendo parte paga aqui no Brasil e o restante, após a entrada da pessoa no país pretendido. Para receber os valores
faltantes, que poderiam chegar a R$ 80 mil reais, os criminosos ameaçavam os familiares que permaneciam no Brasil.
Em Brasília, na última segunda-feira (22/8), três integrantes deste grupo foram presos em flagrante pelos crimes de associação criminosa, fabricação de documentos falsos e resistência, sendo que contra dois destes havia mandados de prisão temporária em aberto, os quais também foram cumpridos.
Outras sete pessoas foram autuadas em flagrante por uso de documento falso, logo após apresentarem documentos fraudados em um consulado em Brasília, os quais foram produzidos pelo grupo citado.
Na manhã desta quarta-feira (24/8), policiais da CORF, efetuaram o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão na cidade de Governador Valadares, nas residências dos investigados.
Apurou-se que o grupo age no Brasil todo.
Um dos integrantes da associação criminosa já foi preso anteriormente em país estrangeiro por produção de passaportes falsos, e um outro por uso de documento falso em serviço consular no Rio de Janeiro.
A pena por falsificação e uso de documentos falsos pode chegar a seis anos.
Os integrantes da associação criminosa irão responder por associação criminosa, falsificação de documentos públicos e extorsão, com penas que podem chegar a dez anos.
Foram apreendidos aparelhos celulares, notebook, documentos, um veículo Corolla e um Mercedes Benz.
Desde o segundo semestre de 2021, a CORF efetuou a prisão de 20 pessoas por falsificação e uso de documento falsos em embaixadas.
Em janeiro deste ano, também foi realizada a operação MEDIUS, onde foram cumpridos mandados de busca e
apreensão em agência de turismo em Guarulhos, em SP, que fabricava tais tipos de documentos.