Pastor é preso em Planaltina por abusar e manter em cárcere privado a enteada de 14 anos
A menina disse aos policiais que as violações ocorriam há seis anos, e sempre que não havia ninguém em casa
A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Planaltina, no Entorno do Distrito Federal, prendeu em flagrante um pastor de 59 anos por ameaçar, perseguir, praticar violência psicológica e manter em cárcere privado sua enteada, de 14 anos. A prisão ocorreu no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Horas antes da prisão, o irmão da vítima, de 16 anos, procurou a delegacia informando que, no início dessa semana, flagrou seu padrasto mantendo relações sexuais com sua irmã adolescente. Após os fatos, o jovem conversou com a menor e perguntou sobre o ocorrido. A menina então disse que as violações ocorriam há seis anos, sempre que não havia ninguém em casa.
Como a mãe dos menores estava viajando para cuidar de sua mãe, que estava internada no interior do estado, ambos estavam sob os cuidados do padrasto. O pastor não permitia que eles saíssem a sós e controlava a todo tempo com quem a menor mantinha contato.
Na manhã da prisão, quando o homem precisou se ausentar, a vítima e seu irmão procuraram ajuda de um amigo e foram até a delegacia.
Os policiais foram até o local e conseguiram prender o homem. Preliminarmente, ele foi autuado em flagrante pelos crimes de ameaça, violência psicológica, stalker e cárcere privado combinado com a Lei Maria da Penha e a lei Henry Borel.
A menor foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), com o Conselho Tutelar, que confirmou o estupro.
O homem, além dos crimes citados, será, em tese, ao final, indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, em continuidade delitiva. O homem cuidava dele desde os oito anos de idade e o chamava de pai. Além disso, o homem exercia a função de pastor em uma igreja da cidade.
Por Eduardo Pinheiro, do Mais Goiás