OAB suspende por 90 dias registro de advogado que atropelou mulher no Lago Sul – Mais Brasília
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OAB suspende por 90 dias registro de advogado que atropelou mulher no Lago Sul

Nesta terça-feira (31/8), a Polícia Civil também concluiu o inquérito sobre o caso

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Reprodução

O Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil seccional DF (OAB-DF) suspendeu, preventivamente, a carteira da OAB do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, pelo prazo de 90 dias, nesta terça-feira (31/8).

Paulo Ricardo atropelou propositalmente a servidora pública Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, de 40 anos, na QI 19 do Lago Sul, na quarta-feira (25/8).

Desde então, a vítima está internada em estado grave. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), ela teve traumatismo craniano e fratura no tornozelo esquerdo.

Nessa segunda-feira (30/8), a equipe médica que cuida da advogada decidiu retirar a sedação da paciente e, nesta terça-feira (31/8), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu o inquérito sobre o caso.

Entenda o caso

Tatiana foi atropelada por Paulo Ricardo após uma briga de trânsito. Ela se desentendeu com o motorista na QI 15 e foi perseguida até em casa, onde ocorreu o atropelamento.

Na entrada da residência, a vítima, ao sair de seu carro, foi atingida pelo veículo do suspeito. O filho dela presenciou tudo.

No mesmo dia, Paulo Ricardo foi preso em flagrante. Depois, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) converteu a prisão dele em preventiva. Ele foi autuado pela prática do crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil.

A decisão da juíza foi tomada durante audiência de custódia realizada na quinta-feira (26/8). A magistrada observou que a prisão em flagrante traz a prova da existência do crime e indícios suficientes da autoria. Segundo ela, “as provas revelam gravidade concreta, ou seja, gravidade que extrapola os elementos básicos do tipo penal”.

Para a juíza, as circunstâncias indicam a periculosidade do suspeito e que a liberdade dele pode afetar a ordem pública. A magistrada explicou ainda que a infração penal atribuída ao motorista é dolosa, ou seja, quando há a intenção de praticar o ato. A pena máxima é superior a quatro anos de prisão

O inquérito policial será encaminhado para o Tribunal do Júri de Brasília, onde vai tramitar o processo.

Veja o vídeo do momento exato do atropelamento.