No DF, comércio espera alta nas vendas no Dia das Mães
Otimismo é motivado pelo reajuste do salário mínimo e dos servidores do GDF e retomada da economia
Entidades que representam o comércio do Distrito Federal estão animadas com as vendas para o Dia das Mães, no domingo (14). Segundo a Fecomércio, a expectativa é de 22,5% de crescimento nas vendas, enquanto a Câmara de Dirigentes Lojistas do DF (CDL-DF) espera um aumento no ticket médio gasto por consumidor, a partir da pesquisa da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), segundo a qual cerca de 40% dos consumidores pretendem gastar mais do que no ano passado.
“O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o comércio”, reforça o presidente da CDL-DF, Wagner Silveira. “Houve, também, anúncios importantes por parte do governo, como o aumento do salário mínimo e ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, que devem aumentar a confiança do consumidor para a data.”
O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, reforça: “Acreditamos que [a alta] tenha se dado pelo movimento de retomada da economia. Tivemos bons números nas últimas datas – um Réveillon com a cidade movimentada, um Carnaval com recorde de foliões nas ruas, a Páscoa boa também, além de recuo na inflação e a revisão salarial do setor público”.
Índices positivos
Pesquisa da Fecomércio apontou que 75% dos entrevistados esperam um aumento nas vendas, contra 57% em 2022. Esse é o melhor índice dos últimos cinco levantamentos, feitos nos anos de 2017, 2018, 2021, 2022 e 2023. Esse otimismo também está do lado dos consumidores, dos quais 73,8% manifestam intenção de presentear alguém. Ainda segundo o levantamento, o aumento do valor gasto deve ser de 29%, passando dos R$ 174 registrados em 2022 para R$ 226 em 2023.
Esse impacto tem as mãos e o trabalho do Governo do Distrito Federal (GDF). A implementação do Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal (Refis), em 2021, contribuiu para que cerca de 91 mil empresas e 389 mil cidadãos passassem por saneamento financeiro, viabilizando condições para a redução do endividamento com o governo local.
“Por meio do monitoramento de dados gerados pela emissão das notas fiscais eletrônicas [NFEs], foram identificados variados segmentos da economia local impactados pelos anos anteriores; com essas informações, o GDF adotou condutas, por meio dos programas Pró-Economia I e Pró-Economia II, para reduzir a carga tributária e amortizar dívidas de empresários e cidadãos com o fisco”, detalha o secretário de Fazenda, Itamar Feitosa.
Ainda segundo a pasta, essas medidas ampliaram o consumo e reaqueceram a economia do DF, o que seguramente contribuiu para um melhor ambiente de negócios, resultando em um crescente índice de otimismo dos comerciantes.
Consumidores otimistas
Sobre a expectativa dos consumidores, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a crescer no mês de abril, após pequena retração no mês de fevereiro, comparado com janeiro.
“O índice é o melhor desempenho da série nos últimos 2 meses”, explica nota emitida pela CNC. “Trata-se de uma tendência consolidada, haja vista que todas as faixas de consumo apresentam curvas ascendentes e em perfeita aderência com os indicadores de consumo em âmbito nacional apurado pela CNC.”
A expectativa é compartilhada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pela CDL-DF. O órgão nacional apontou, em levantamento, que 128,7 milhões de brasileiros devem ir às compras e consumir R$ 33,2 bilhões nos segmentos de comércio e serviços.