MPF arquiva inquérito de improbidade administrativa contra Ibaneis por 8/1
No inquérito consta, além do chefe do Executivo local, outros investigados que faziam parte da cúpula da Segurança Pública do DF
O Ministério Público Federal (MPF) arquivou o inquérito civil contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), aberto para apurar ato de improbidade administrativa do governador, diante dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
No inquérito consta, além do chefe do Executivo local, outros investigados que faziam parte da cúpula da Segurança Pública do DF, como o ex-secretário e ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-número 2 da Secretaria de Segurança Pública (SSP) Fernando de Sousa Oliveira; e a a ex-subsecretária de Inteligência da SSP Marília Alencar.
Segundo a procurador da República Carlos Henrique Martins Lima, “sob qualquer aspecto examinado”, as invasões aos prédios-sede dos Três Poderes, em Brasília, ocorridas em 8 de janeiro de 2023, “não podem ser atribuídas ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha”.
“Diante da verificação de todo contexto em que os fatos se inserem, das informações que circulavam dentro dos órgãos de seguranças nos dias anteriores aos fatos (que apontavam uma baixa adesão ao movimento), e da repentina mudança no perfil dos participantes (diverso do caráter ordeiro dos acampados nos meses anteriores), percebe-se que o governador do Distrito Federal não teve meios suficientes para impedir as graves consequências das invasões do dia 8/1/2023”, diz trecho do documento.
Ainda conforme o procurador, evidências coletadas durante a investigação demonstraram que, no dia das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, Ibaneis “buscou se manter informado da situação da manifestação, recebendo relatos do [então] secretário-adjunto de Segurança Pública do DF, Fernando de Souza Oliveira”.
“Logo, não é possível atribuir a Ibaneis Rocha uma ação ou omissão que tenha dado ensejo às invasões às sedes do Congresso Nacional, do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Palácio do Planalto no dia 8/1/2023”, ressaltou.